Portugal é o 2º país da Europa com maior percentagem de trabalhadores contratados a prazo, segundo os dados mais recentes do European Company Survey.
Final e felizmente começamos a perder a liderança…
Em Portugal existem cerca de 900.000 trabalhadores com contratos não permanentes, o que corresponde a 23% dos trabalhadores por conta de outrem, mas a CGTP considera que os trabalhadores em situação precária serão muitos mais, dado que parte significativa dos cerca de 830.000 trabalhadores por conta própria são, na realidade, trabalhadores por conta de outrem com falsos recibos verdes.
Ao longo de 2010 o fim dos contratos a termo conduziu ao desemprego mais de 253.000 trabalhadores, o que corresponde a 39% cento das novas inscrições nos centros de emprego.
De facto, perante esta realidade, a PRECARIEDADE parece ser um “tipo de emprego” que querem impor para toda a vida.
Ainda ontem, no debate da “Moção de Ternura”, uma menina (que deve ser um génio político para já estar onde está, precária, mas a ganhar o que não merece) do PSd, que mais tarde, ou mais cedo se poderá transformar em girl, dizia que “mais vale ter um emprego precário do que não ter nenhum, blá, blá, blá…”, mas também já ouvi o Pacheco Pereira (que deve estar em decadência intelectual por pensar como pensa) dizer, ipsis verbis, a mesma ladainha, blá, blá, blá… Até parece um ditado alentejano (com respeito pelos alentejanos), que dizem que “mais vale ser rico e feliz do que pobre e triste”.
E é por causa deste pragmatismo saloio e destes saloios intelectuais, que anda toda a gente à rasca, TODAS AS GERAÇÕES, que se veem “obrigadas” a defender na rua, o que a menina, o sexagenário e os franciscos assis não são capazes de defender na Casa da Democracia, em favor dos seus eleitores.
E para isso, os SIS e a PSP estarão amanhã operacionais e em estado de alerta, para que ninguém saia machucado, porque afinal estarão a exercer um direito constitucional e a fazer uma exigência à democracia.
A PSP está a monitorizar todos os movimentos das redes sociais e dos grupos de extrema direita e esquerda, para acompanhar "a par e passo" o protesto "geração à rasca", marcado para este sábado, em 11 cidades do continente e regiões autónomas.
Como é costume, até fazem o TPC, para que tudo corra pelo melhor, para quem lhes paga…
Caramba, ainda não chegamos à Líbia!
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