Quase uma década depois da chegada do euro como moeda oficial, mais de 50 comerciantes do município de Mugardos, na Corunha, puseram em marcha uma campanha para recuperar o pagamento em pesetas e "animar as compras em tempos de crise e dar a conhecer a povoação".
A Associação de Comerciantes Portomagno explica que a iniciativa começou na passada terça feira, 1 de março, e participam 61 estabelecimentos comerciais de todo o tipo, desde lojas de ferramentas a lojas de presentes
O proprietário de uma loja de ferramentas explica que esta semana chegou um homem, de outro município, com uma nota de 10.000 pesetas, que converteu numa sandwicheira e outros artigos. Contou ao comerciante que a tinha encontrado casualmente, mas que não sabia onde gastá-la, quando viu na televisão a campanha mugardesa para recuperar a peseta.
"Com notas vem menos, mas com moedas pequenas vem muita gente que as tinha em casa e não lhes dava importância. Agora tem uma oportunidade para as gastar", assinala Rey, que confia que a peculiar iniciativa monetária dos comerciantes mugardeses lhes permita captar novos clientes e animar as pessoas a gastar e visitar Mugardos.
Em Janeiro de 2009, a Associação de Comerciantes de Narón, outro município da ria da província do Ferrol, pôs em marcha uma campanha similar para animar os saldos sob o lema "Viva a peseta", em que animavam os vizinhos a procurar nos bolsos e gavetas em busca de notas e moedas para fazer as suas compras em pesetas.
No total, juntaram-se 48 estabelecimentos desde cabeleireiros a lojas de presentes e electrodomésticos.
Entre janeiro e março de 2009, arrecadaram 1.080.018 pesetas, algo mais de 6.000 euros, que trocaram por euros no Banco de Espanha.
Os espanhóis ainda têm 1.721 milhões de euros nas antigas pesetas, moeda que deixou de circular faz nove anos com a adoção da divisa comum europeia.
O Banco da Espanha informou hoje que em janeiro passado ainda permaneciam sem trocar 908 milhões de euros em bilhetes da extinta denominação e 813 milhões de euros em metálico.
Especialistas consideram que haverá uma grande quantidade da outrora divisa que nunca se trocará, por se encontrar fora de Espanha, se ter extraviado ou simplesmente fazer parte de coleções.
Esta ideia já foi posta em prática em Portugal, há cerca de um ano e com resultados.
No meio da crise, todas as moedas servem para a minorar, reanimar dinheiro morto e quem sabe, dar a volta ao texto, para o que der e vier.
Com as ameaças que andam por aí, dos especuladores, do FMI, do FEEF e da xenofobia dos alemães (com a Sra. Merkel à frente do pelotão) há que estar preparado para as moedas antigas e nacionais e até pode servir para inverter o método de cálculo para os países PERIFÉRICOS (dizem ELES,depreciativamente).
O pior, é que o universo dos consumidores, que se abastecem nos mercados europeus CENTRAIS, ficarão reduzidos para eles e lá terão que se virar para os “maisqueperiféricos” do norte de África, se a coisa acalmar e se puserem a jeito…
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