O julgamento do fundador do Galleon Group, Raj Rajaratnam, já foi considerado pelo governo dos EUA como o maior julgamento de informação privilegiada relacionada com 'hedge funds' (fundos de investimento agressivos e de acesso limitado).
O procurador Jonathan Streeter afirmou ao júri, que "ganância e corrupção - é disto que este caso trata".
Raj Rajaratnam negociou com base em informação secreta "uma vez, e outra e outra ainda" entre 2003 e 2009, enquanto geria um conjunto de 'hedge funds' na sua empresa, a Galleon.
O julgamento ocorre mais de um ano depois de os procuradores terem anunciado a intensificação dos esforços para erradicar a corrupção em Wall Street, com o recurso inédito a uma utilização generalizada de gravações de conversas telefónicas entre empregados de empresas cotadas e na gestora de 'hedge funds'.
Muito frequentemente, salientam, estes telefonemas revelaram o fornecimento de informação privilegiada.
Para quem defende a bondade e as virtudes dos especuladores, há gente com autoridade a chamar-lhe "ganância e corrupção”. E quem somos nós para contrariar esta evidência? Pena é que cá não seja criminalizado tal comportamento.
E ao contrário de cá, em que os telefonemas não são prova, lá são, ou já são, porque se diz que é um recurso inédito.
Destaca-se ainda a intensificação dos esforços dos procuradores para erradicar a corrupção em Wall Street, que é o mesmo que dizer que, querendo-se pode-se cortar todos os males pela raiz, que é o que nos falta, para enjaular a malta…
E só um exemplo:
O julgamento do caso BPN, em que o ex-presidente do BPN Oliveira Costa e outros 14 arguidos respondem por vários crimes económicos, prossegue hoje, com mais uma audição do inspetor tributário Paulo Jorge Silva.
Para além de José Oliveira Costa, que está ser julgado por burla qualificada, branqueamento de capitais, fraude fiscal qualificada e aquisição ilícita de ações, outras 14 pessoas ligadas ao universo SLN, como Luís Caprichoso, Ricardo Oliveira e José Vaz Mascarenhas, e a empresa Labicer estão também acusadas por crimes económicos graves.
Não se diz que o mesmo “crime” foi cometido por estes “Metralhas” e que houve gente a beneficiar de informação privilegiada? E que lhes aconteceu, ou se prevê que vá acontecer? Férias permanentes para quem se pirou e a chatice de ir umas tantas vezes, durante muitos anos, ao Campus da Justiça, com entrevistas de promoção e algumas exceções.
Estranho, em temos de notícia, informação e transparência, é referirem-se a 14 arguidos e nomearem apenas 3. Serão os mexilhões? E os tubarões, principalmente um, chamado Dias Loureiro, embora confesse que sofre de amnésia? Ou são os instrutores, ou os jornalistas que sofrem desta doença? As melhoras para ambos… Marinho Pinto terá razão?
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