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domingo, 6 de março de 2011

A relação VIRTUAL e PESSOAL para desempregados

Numa altura em que o desemprego atinge níveis nunca antes vistos, não só em Portugal, mas também na vizinha Espanha, as massas sem trabalho deitam mão de todas as ferramentas que encontram para tentar encontrar um emprego. E, quando não há, inventam-nas.
“Nuestros hermanos” criaram uma rede social para desempregados: o Parobook.es (paro significa desemprego em espanhol). A rede, inspirada no Facebook, é um ponto de encontro para pessoas sem emprego que querem partilhar a sua experiência e fazer contactos que lhes possam ser úteis.
Prova do desespero dos desempregados é o número de utilizadores reunidos, logo depois do arranque da página: 14.000 já se registaram na página Web, entre os que procuram e os que dão informações sobre ofertas de trabalho.
Esta nova rede social (cujo slogan é “Parobook ajuda-te a ligar e partilhar com outros cidadãos na tua situação”) foi uma iniciativa de 4 amigos desempregados, que decidiram criar uma ferramenta para as mais de 4.000.000 de pessoas que estão na mesma situação, só em Espanha, e que podem beneficiar deste serviço.
A interface do Parobook.es é semelhante à do Facebook, com a única diferença de usar o vermelho como cor de fundo em vez do azul.
Mas os espanhóis não são os únicos criativos.
Os franceses também saíram à rua e encontraram uma nova forma de procurar emprego.
Numa altura em que enviar currículos e candidaturas já não resulta, é preciso encontrar novas formas de procurar (e conseguir) emprego. Os franceses lembraram-se de uma e nós explicamos-lhe o que é arranjar emprego «à francesa».
Em França, cafés, restaurantes e até discotecas converteram-se em fóruns eficazes de procura de emprego e networking (contactos profissionais em rede). O colunching vai mais longe do que o contacto através de redes sociais: aqui trocam-se contactos, informações sobre vagas e até pontos de vista sobre o mercado laboral, enquanto se come.
Embora se faça em espaços e momentos atípicos, os franceses perceberam que as horas passadas à procura na Internet já não adiantavam nada. Por isso, os que procuram emprego ou querem evoluir na sua profissão, vão para a rua, em busca de uma vaga ou de uma oportunidade melhor.
A ideia surgiu quando uma Professional da comunicação montou a sua própria agência. Trabalhava em casa, sozinha, e só contactava com outros profissionais pelo Facebook. Um dia, lembrou-se de organizar encontros entre pessoas que estavam na mesma situação.
Só em França já se organizaram quase uma centena de “cafés-emprego”, em que participaram mais de 5.000 candidatos. Cerca de 12% dos assistentes tem hoje contrato de trabalho.
O projecto fez tanto sucesso que o modelo se expandiu aos países do Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo) e aos Estados Unidos. A sua chegada está para breve a Espanha e Itália.


Esperemos que a mesma criatividade e iniciativa chegue aos portugueses, nem que seja copiando, porque nestas coisas é que nos devemos substituir ao Estado, quanto mais não seja para por a nu a ineficácia dos que ganham para “produzir” empregos e nada! Só conseguem reproduzir pobreza e desespero com cortes nos subsídios de desemprego de longa (perpétua) duração.

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