O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e a chanceler alemã, Angela Merkel, elogiaram na sexta-feira as medidas de austeridades anunciadas pelo ministro Teixeira dos Santos.
“Vamos agora discutir isso na cimeira da Zona Euro. Achamos que são medidas muito importantes, é a opinião do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia, e saudamos a adopção dessas medidas”, afirmou Durão Barroso.
Isto foi dito antes da Cimeira, o que prova que os líderes europeus ouviram a conferência de imprensa do MF, o que significa uma preocupação muito grande com o nosso país e o país agradece.Mas estas afirmações não estão a ser repetidas pela 4ª vez pelos mesmos Srs.?
Os presidentes da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu “saúdam e apoiam” o pacote de medidas avançadas esta sexta-feira em Lisboa pelo Governo português, considerando-as uma “resposta política ambiciosa”.
O comissário dos Assuntos Económicos classificou de “suficientes” estas medidas para atingir as metas de défice estabelecidas até 2013.
O presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, também elogiou o pacote de medidas nacional, considerando que o mesmo reforça “a confiança e a solidariedade dos parceiros da Zona Euro”.
Ao considerarem uma resposta política ambiciosa, seguramente que se referem à dificuldade de elas serem aceites pela oposição natural, quer pelos Partidos, mas sobretudo pelo Povo.
E fica uma dúvida, quanto ao suficiente referido quanto às medidas do PEC IV, porque não se sabe se quer dizer que chegam, quantitativa, como qualitativamente, ou se é uma classificação numa escala de Excelente a Insuficiente. Mas a dúvida também é uma arma…
Quanto à confiança e a solidariedade dos parceiros da Zona Euro, até é fácil de compreendermos, mas a confiança e a solidariedade não deve ser junto dos eleitores de um país soberano?
Mas estas afirmações não estão a ser repetidas pela 4ª vez pelos mesmos Srs.?
Jean-Claude Trichet e Durão Barroso acrescentam que as autoridades portuguesas vão fornecer “mais detalhes das medidas, nomeadamente no que diz respeito ao mercado de trabalho” durante o mês de Abril quando for entregue o Programa de Estabilidade que hoje foi antecipado e revelam que as políticas anunciadas vão ser “acompanhadas de perto pela Comissão Europeia e pelo BCE”.
Continuando a ler nas entrelinhas, os mais detalhes referidos quererão dizer, ainda mais medidas?
Não andarão aqui os carros à frente dos bois, quando se refere à entrega em Abril do PEC IV, quando as propostas feitas foram da responsabilidade do PM, sem aprovação do Governo, sem a aprovação da AR e sem a promulgação do PR?
E ao quando estes responsáveis afirmam publicamente que as políticas anunciadas vão ser acompanhadas de perto pela Comissão Europeia e pelo BCE, não são um atestado de incompetência, feito publicamente, que classifica o PM e o MF? Eu teria vergonha e dava meia volta!
Só nos resta esperar para saber se a oposição nacional parlamentar, que já anunciou rejeitar o PEC IV o irá fazer, ou desdizer-se (com desculpas renovadas) pela 4ª vez…
Mas… Já que o Presidente da Comissão Europeia sabe tanto (não tendo demonstrado enquanto PM) e o Vice Presidente do BCE também (não tendo demonstrado enquanto Governador do BdP), não seria a melhor solução o 1º voltar a PM e o 2º a Governador? Eles e todos os Comissários de todos os países à rasca…
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