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quinta-feira, 10 de março de 2011

No Público, entende-se(!) No Privado não será pecado?

O Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa está a despedir funcionários e decidiu cortar 5% nos salários de todos os seus trabalhadores já a partir deste mês.
O presidente Joaquim Azevedo confirmou os despedimentos e os cortes salariais, afirmando tratarem-se de medidas que visam dar à Universidade "uma situação que lhe permita ser sustentável", que decorrem da decisão de extinguir 4 actividades da Universidade: um externato, uma escola tecnológica, o pólo das Caldas da Rainha e "vários" projectos.
"O processo (de extinção) entra numa fase mesmo final", que precisou estar, actualmente, a negociar a saída de "20 pessoas" e recentemente foi decidido, e comunicado aos funcionários e professores, cortar 5% na massa salarial já a partir deste mês, por um período de 10 meses.
Adiantou que está a ser equacionado não aplicar cortes a quem receba menos de 1500 euros, sendo abrangidas cerca de 550 pessoas, entre funcionários e professores "fixos".
"Não podemos é empurrar o lixo para debaixo do tapete ou pedir dinheiro à banca para resolver os nossos problemas, que são duas coisas que o país fez e cujos resultados estão agora à vista", concluiu.
A UCPorto decidiu aumentar as propinas em 4%, justificando a medida com o crescimento do IVA, da Segurança Social e da ADSE. "Isto tudo somado faz subir a carga fiscal acima dos 4% e entendemos fazer estes reajustamentos" ao valor das propinas, disse.
Ao menos no Privado, no caso na Educação Superior, não é preciso entrar em guerras com ministros ou Secretários de Estado (cargo que Joaquim Azevedo exerceu há anos), mas ao menos negoceiam a saída das 20 pessoas, sem que haja o despedimento bruto e frio. Vá lá!
Mas, “imitando”, ou plagiando a medida do Público, há que cortar 5% na massa salarial a 550 pessoas, funcionários e professores, já a partir deste mês, por um período de 10 meses, o que apresenta como novidade, o limite de tempo para a medida, que seguramente será prolongada. Mas vá lá!
Inovador (como convém nos dias de hoje) é a decisão de não recorrerem à banca para pedir dinheiro, que é onde se vende esse produto e decidirem antes aumentar as propinas em 4%, para contrabalançar os 4% de aumento da carga fiscal. Aqui não está correto, nem se pode chamar a isto um método para a sustentabilidade. Assim, também eu e até a ME…
Só fica uma dúvida. Se os 4% de aumento das propinas compensam os 4% de aumento fiscal, para que raio se destinam os cortes de 5% nos assalariados? Isto já é mais do que sustentabilidade, não será lucro?
Mas no Privado, quem quer paga e não bufa e ninguém tem nada com isso!

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