(per)Seguidores

quarta-feira, 9 de março de 2011

“Soluções” do FMI e FEEF, contraproducentes. Óbvio!

O presidente da comissão europeia alerta ainda que o recurso à ajuda europeia e ao FMI tem custos. E que por essa razão os países devem evitar recorrer ao mecanismo de ajuda.
Durão Barroso não me tem como fã, mas apesar das reservas e porque se presume que está avalisado pelos conhecimentos que adquiriu, consegue dizer-nos nas entrelinhas e fazer-nos acreditar, que mais vale ficar a dever, do que fechar as portas.
Faz lembrar a legislação portuguesa (que eu conheça) que não leva ninguém para a cadeia por calotes, só porque na prisão ninguém pode ganhar para pagar aos credores e os credores não ganham nada com isso. Ao nível dos países, as cautelas devem ser maiores (por parte dos credores) e por isso o novo governo irlandês vai discutir o acordo feito entre o FMI, o FEEF e o governo anterior. A SOBERANIA tem que ser dos cidadãos!
P’ra melhor está bem, está bem, p’ra pior já basta assim…  


Os mercados internacionais estão a penalizar fortemente os países com maiores dificuldades orçamentais na zona euros, com as taxas de juro da dívida pública de Portugal, Grécia e a Irlanda a baterem recordes.
Em Portugal, que não recorreu a ajudas, a taxa de juro das OT portuguesas a 10 anos estava, muito próxima dos 7,7%.
Na Grécia, que já recorreu à ajuda do FMI e dos parceiros europeus para obter financiamento, o mesmo indicador chegou hoje aos 12,93%, um valor que já supera os registados no momento em que se viu forçada a pedir apoio externo.
Na Irlanda, também se bateram recordes, com a taxa a 10 anos a chegar aos 9,574%.
Continuando no tema da(s) dívida(s), da crise e das soluções, só um cego não vê (ou até um cego vê), que afinal as medidas impostas à Grécia e à Irlanda, já intervencionadas, não serviram de nada, antes pelo contrário, agravaram a economia, os direitos e as condições sociais e não impediram a subida dos juros.
E porque será que a Espanha não aparece no rol, se não está melhor do que os outros “periféricos”?
Para isto, mais vale estar quieto e aí Barroso tem razão, quietos os países, mas a comunidade das nações, que se movimentam e movimentam o MERCADO, tem que tomar as medidas reguladoras dos MERCADOS e não dos PAÍSES. Era bom que nos explicassem porque não as tomam!

4 comentários:

  1. Porque teme tanto o executivo de Socrates o FMI?

    ResponderEliminar
  2. cidadão-x
    Eu não sei o que Sócrates teme, sei que eu temo e não é por gostar do PM, mas pelas notícias que leio e publico, como é o caso.
    Se o FMI e o FEEF são coisas boas e só pioram tudo, eu prefiro as coisas más...
    Se soubesse (até saberá) o que o FMI oferece, não estaria tão descansado, a não ser que tenha razões para estar.
    Obrigado pela visita e pelo comentário

    ResponderEliminar
  3. Para se saber se o FMI melhora ou piora as coisas só há uma solução: fazer um levantamento detalhado dos aspectos poitivos e dos aspectos negativos. Depois há que tomar uma decisão sobre o modo como actuar. Eu acho que os nossos governantes não querem o FMI, porque este iria pôr a descoberto a má governação de que temos sido alvos. Mas isso já sou eu a divagar!

    ResponderEliminar
  4. cidadão-x
    A razão de nenhum governante, seja ele qual for, não querer o FMi, tem uma razão forte no que diz.
    Aconselho-o a ler amiúde o blogue DESMITOS, do Professor Álvaro Santos Pereira (está na minha lista de blogues) em que ele enfatiza isso.
    Quanto à medidas, a informação na net não é muita, mas se quiser arranjo-lhe um resumo, que ainda não publiquei, por estar à espera. No entanto, posso adiantar que as medidas são "chapa batida" e são 4 e até o Prémio Nobel de Economia Stiglitz é contra...

    ResponderEliminar