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quinta-feira, 3 de março de 2011

Um país, dois sistemas(?) e dois problemas!

Os sucessos económicos da China nas últimas três décadas devem-se ao seu modelo de socialismo, que, ao contrário do capitalismo, “pode evitar catastróficas crises financeiras”, diz um estudo académico citado na imprensa.
“Enquanto persistirmos na via do socialismo com características chinesas, podemos evitar catastróficas crises financeiras e recessões, e ajudar o conjunto da economia mundial”, conclui o Livro Amarelo sobre o Socialismo Mundial, publicado pela Academia Chinesa de Ciências Sociais.
O referido Livro Amarelo salienta, contudo, que a China “não forçará outros países” a seguirem o socialismo com careterísticas chinesas e reconhece que o seu modelo “não é perfeito e necessita de ser melhorado”.
Poluição, agravamento do fosso entre ricos e pobres, corrupção e abusos do poder são alguns dos “problemas” da China identificados pelo estudo.
A economia chinesa cresceu em média cerca de 10 por cento ao ano ao longo das últimas três décadas, e em 2010 tornou-se a segunda maior do mundo, a seguir à dos Estados Unidos
Se alguém soubesse definir o que é o “socialismo com características chineses”, que não sejam as que já conhecemos: exploração da mão de obra, ausência de direitos no trabalho, cilindragem dos Direitos Humanos, mais os que os próprios reconhecem: poluição, agravamento do fosso entre ricos e pobres, corrupção e abusos do poder… E este é um problema de um sistema.
China: Salário mínimo em Cantão, o mais alto do país, aumentou para 143 euros
Talvez revendo a análise do Venerável Kuing Yamang, se compreenda melhor o basismo da explicação e a ausência de tantos vectores, ou variáveis imprescindíveis a uma visão minimamente humanista:
O secretário das Finanças de Hong Kong anunciou alterações radicais à proposta de orçamento para 2011 em resposta à pressão de que tem sido alvo para reforçar o apoio às classes desfavorecidas e anunciou novas medidas que pretendem aliviar os efeitos da inflação - que deverá atingir este ano os 4,5%, quase o dobro do de 2010.
O executivo propôs inicialmente a injeção de 6.000 dólares de Hong Kong (560 €) nas contas dos trabalhadores no Fundo de Previdência Obrigatório, mas decidiu agora distribuir o montante a cada residente permanente com 18 ou mais anos. Este montante poderá ser levantado de imediato.
Anunciou também descontos nos impostos para os contribuintes de 75% ou 6.000 dólares, o que deverá custar aos cofres públicos cerca de 3,7 mil milhões de euros, disse o governante ao acrescentar que será reservado um determinado montante, que não especificou, para investir em medidas que têm como alvo os residentes que não estão abrangidos por nenhum daqueles benefícios.
O pacote orçamental do Governo mereceu críticas tanto da bancada da oposição como dos partidos pró-Governo, que reivindicaram mais medidas para apoiar a classe média e as famílias mais pobres perante os 8,7 mil milhões de euros de saldos positivos que a região acumula.
Apesar de o Governo ter cedido pela primeira vez desde 1991 - depois de ter afirmado que não haveria espaço de manobra para concessões sobre o pacote orçamental - vários deputados já fizeram ouvir a sua voz para reiterar a sua insatisfação.
Ronny Tong, do Partido Cívico, disse que a atribuição dos 6.000 dólares a cada residente permanente “não é mais do que uma tentativa de o Governo controlar a revolta popular sobre a proposta orçamental”.
O presidente do Partido Democrático, Albert Ho, disse que o orçamento “carece de medidas a longo prazo que resolvam problemas de raiz como a inflação imobiliária” e considerou que esta rara cedência do Governo “minou a sua autoridade” ao exortar a população a sair às ruas no domingo para protestar contra o pacote orçamental.
No outro sistema, mais dentro das margens democráticas, outro galo canta, com partidos, oposição e exigências e começam a emergir os mesmos problemas do nosso sistema.
Sobre isto o Venerável Kuing Yamang nada diz...
Claro que a média dos prós e contras de ambos os sistemas, porque o primeiro é muito maior, o “sucesso” parece garantido, mas mais uma dezena de anos e o povo acordará para as “virtudes” do segundo sistema, em que se ganha mais e se tem mais direitos.
Mas daqui até lá, muita revolução rebentará, sem se saber quem vai perder, mas desconfiando-se de quem vai ganhar:  O SISTEMA!

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