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sábado, 5 de março de 2011

Afinal o nosso(?) problema não é do portuguezinho…

A analista da Standard & Poor’s diz que Portugal continua a ser candidato ao recurso ao FEEF.
Quando é que poderemos esperar uma decisão sobre o rating português? Assim que se realizarem as cimeiras europeias?
Esperamos resolver a actual análise do rating português dentro dos próximos dois meses. A discussão em torno do estabelecimento do Mecanismo de Estabilidade Europeu (MEE) é um dos factores-chave. Teremos de analisar todos os detalhes do mecanismo antes de chegarmos a uma conclusão e isso pode levar algum tempo.
No relatório que publicou, é bastante claro que um acordo em relação ao MEE não salva Portugal de uma descida de rating. Porquê?
Há duas características do MEE que é proposto que são prejudiciais para os detentores dos títulos de dívida pública portuguesa. Os empréstimos do MEE podem ser condicionados a uma reestruturação da dívida pública já existente e o pagamento da dívida ao MEE pode ter prioridade em relação às dívidas ao mercado. Por isso, podemos baixar o rating de Portugal durante os próximos dois meses, se concluirmos que o modelo proposto para o MEE for confirmado pelo Conselho Europeu, já que consideramos que Portugal continua a ser um candidato provável a recorrer ao mecanismo.
Até agora, Portugal tem sido capaz de obter fundos no mercado, com níveis de procura confortáveis. O que é que a leva a dizer que Portugal pode ver-se forçado a avançar para o fundo?
Não é apenas o Estado que precisa de se financiar nos mercados internacionais. Também os bancos e as empresas portuguesas. As necessidades externas de financiamento de Portugal estão estimadas a um nível bem acima dos 200% das receitas correntes para 2011, um dos níveis mais altos da zona euro. Os bancos continuam dependentes do financiamento de curto prazo do BCE e várias empresas públicas estão também sob forte pressão de liquidez. Se as restrições ao financiamento externo se mantiverem, o Governo terá de recorrer ao fundo de estabilidade financeira europeu para evitar uma ainda maior contracção económica.
Neste momento, o que é que pode salvar Portugal de uma descida de rating?
A discussão ao nível europeu é o factor-chave. Mas é apenas metade da história. Se o Governo continuar com o seu programa de consolidação orçamental e concretizar reformas estruturais, os défices encurtam. Outro factor importante é a disponibilidade de financiamento externo: vendas de activos, acesso à liquidez do BCE e emissão de títulos como os que recentemente foram testados pelos bancos, por exemplo. Tudo isso pode contribuir para Portugal garantir as suas necessidades de financiamento.
Falam, falam, falam de TRANSPARÊNCIA e de vez em quando lá vem dizer que a CRISE, também é (sobretudo) da BANCA e das EMPRESAS…
Mas quem paga? Estes especialistas não deveriam propor soluções com o dinheiro dos que dele precisam, em vez de ser o cidadão anónimo e que não deve nada a ninguém a pagar os calotes de quem os faz? Que raio tem os Funcionários Públicos (a aceitar esta receita) a ver com as dívidas que não são do Estado?
O SISTEMA, ressuscitado pelo cidadão e feito zumbi, devora-o até ao tutano…

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