Em causa o alegado roubo de doentes do São João para o Hospital de Braga.
A polémica com os gestores privados do Hospital de Braga transformou-se hoje numa guerra entre hospitais e vai tudo ser resolvido em tribunal.
Os administradores do S. João, que decidiram apresentar queixa na Entidade Reguladora da Saúde, afirmam que continuam a receber doentes que deveriam ser tratados em Braga, doentes que estarão a ser indevidamente transferidos. A “José de Mello Saúde”, que lidera o consórcio privado que gere o hospital de Braga, não respondeu ao pedido de esclarecimento e a administração hospitalar nega tudo, contra-ataca e garante que as acusações são falsas. Por isso, promete levar o caso a tribunal.
“Quer o comunicado do Hospital de São João, quer as declarações da diretora clínica à comunicação social são totalmente falsas e causadoras de dano. Face à gravidade do comunicado do Hospital de São João, o conselho de administração irá utilizar todos os meios judiciais ao seu dispor, o conselho de administração irá igualmente utilizar todos os meios judiciais ao seu dispor”, disse Hugo Meireles, presidente do conselho executivo do hospital bracarense, que nega que tenha havido transferências indevidas, apenas referenciação de doentes.
“Quando não há meios técnicos suficientes dentro do Hospital de Braga a única solução é referenciar doentes para o hospital de São João e não é uma referenciação indevida”, acrescenta Hugo Meireles.
Depois de 2 multas do Estado ao concessionário do Hospital de Braga no valor de 800.000 €, a administração diz que vai processar o Hospital de S. João no Porto.
O consórcio “Escala Braga”, liderado pela “José de Mello Saúde”, ganhou a concessão do Governo para construir e gerir o novo hospital de Braga que deve ser inaugurado em Maio. Um contrato no valor de quase 800 milhões de euros. Está, entretanto, a gerir o velho Hospital de S. Marcos, palco do atual conflito.
Ou é verdade, ou é mentira.
Se for verdade, constatam-se os factos e confirma-se a diferença incomparável entre a prestação de um serviço (Público) e um negócio (Privado). E é mais uma variável das despesas do SNS que o ameaça.
Se for mentira, negam-se os factos, mas não se invalida a diferença incomparável entre a prestação de um serviço (Público) e um negócio (Privado).
Mas será mentira? Há uns esquerdistas sem escrúpulos que até dizem que os hospitais privados mandam os doentes moribundos para os públicos, para não estragarem as estatísticas do “sucesso”.
Esquerdistas, sem escrúpulos e extremistas…
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