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quarta-feira, 2 de março de 2011

AI PORTUGAL, PORTUGAL!

Vai o barco fundeando,
Em folhinha de jornal,
E Pessoa vai à toa,
Chorando a sua Lisboa,
Outrora alteza real.

Mendiga a ilustre princesa,
E Pessoa sufocado,
Vai dentro do seu barquinho,
Cantando muito baixinho,
Nosso triste e fatal fado.

Onde está a Índia Nova,
E o Império Cultural?
E ouve uma voz altiva:
Não faltam diplomados
Neste imenso Portugal.

E perante esta evidência,
Dita em tom forte e potente,
Pessoa, em desatino,
Sente  seguro o barquinho
Longe de gente demente.

Poema de Ibel

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