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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Afinal era contra a liberdade de corrupção e exploração

Jasmim dos Poetas
As reivindicações sociais e salariais substituíram os protestos de rua na Tunísia, onde a vida regressa ao normal e o governo tentar dar resposta aos problemas que originaram a "revolução de jasmim", disse Rita Ferro, embaixadora de Portugal em Tunes.
No plano político, Rita Ferro afirmou que o governo "está a trabalhar" e que a contestação que marcou a sua primeira formação - por incluir vários membros do regime de Zine el Abidine Ben Ali - "praticamente desapareceu".
Entre as medidas já tomadas, referiu a amnistia dos presos políticos, a liberalização dos meios de comunicação - "já se vê todo o género de jornais à venda" -, da internet e da importação de livros, mas também a criação de um salário mínimo para os licenciados desempregados e de um fundo de desenvolvimento regional para as regiões pobres do interior do país. Apontou também o pagamento de compensações monetárias às famílias dos mortos e aos feridos nos tumultos de Janeiro e a criação de comissões para investigar a corrupção e os abusos contra pessoas e bens e para fazer a reforma política.
Sobre a oposição, muito limitada e fragmentada durante o regime de Ben Ali, mas entretanto autorizada, a embaixadora referiu que não houve até agora grandes movimentações: "Alguns dos partidos anunciaram congressos e noutros os líderes têm feito declarações à imprensa, mas por enquanto não há muito mais do que isso", disse.
Apesar de todas as flores (jasmim, há muitos) com que nos querem enfeitar as revoltas nos países islâmicos do norte de África, tudo se traduz nas coisas mais comezinhas: Pão, Paz, Habitação, Saúde, Educação…
É claro que há diferenças culturais, religiosas e políticas, mas o que é transversal a todos os povos, é a luta pela sobrevivência e pela exigência de uma vida vivida com o mínimo de dignidade, o que não tem nada a ver com a cultura, a religião, ou a política.
E lá como cá, onde a corrupção, o desemprego, as desigualdades, os salários baixos, os impostos injustos, ou ocos, são a razão primeira para se exigir a LIBERDADE, porque só com ela se pode combater os males que o abuso do poder (ditatorial, ou “democrático”) vai sacrificando as maiorias silenciadas, ou caladas.
Para que não digam que não falei de flores…

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