“The Miracle Maker” - OST/ by Alex Evan Dovas |
Para a educadora Graciela Ormezzano, a EDUCAÇÃO ESTÉTICA procura priorizar a imaginação, o lúdico e “o amplo espectro da estética do quotidiano que considera o design, a arquitetura, o artesanato, a música popular, a comunicação audiovisual e a arte da rua, assim como todos os estilos de sociabilidade”. Nesta direcção, a estreiteza curricular do ensino formal, esmagada por uma avaliação certificativa e que atende, sobretudo, parâmetros burocráticos, as subjectividades são anuladas e descartadas do universo escolar. Tal análise torna-se ainda mais dramática no ensino formal nocturno, onde é comum as salas de aula esvaziadas, professores desmotivados e estudantes desmobilizados na relação com os diferentes saberes. O quadro da situação, todavia, é muito mais complexa, pois exige formação contínua de qualidade aos educadores e a ressignificação do espaço-tempo no ambiente institucional de ensino, ainda bastante contaminado pela “lógica da fábrica” (padronização das tarefas escolares, temáticas estanques e controlo da ‘produção’).
A EDUCAÇÃO ESTÉTICA está longe de ser a panaceia para todos os males educacionais (brasileiros). Entretanto, a arte pode minimizar as variadas ‘carências’ afectivas e cognitivas de crianças e jovens em situação de risco social; ressocializar adolescentes marginalizados por um modelo económico pautado na competitividade e no consumo exacerbado; recuperar a auto-estima de jovens mulheres violentadas; enfim, fazer da EDUCAÇÃO ESTÉTICA uma possibilidade de ressignificação da vida. Afinal, ninguém nasce bandido ou santo, como bem assinalam os educadores Pablo Gentili e Chico Alencar.
Assim, continua a ser o objectivo maior da educação formal pública (brasileira) e de todo o acto educativo ‘humanizar os homens’, como bem nos alertava a filósofa Hannah Arendt e o educador popular Paulo Freire.
Jéferson Dantas, Historiador e Doutorando em Educação (UFSC), Pesquisador e articulador da formação contínua das escolas associadas à Comissão de Educação do Fórum do Maciço do Morro da Cruz, Florianópolis/SC
O problema está precisamente no facto de não se valorizar a estética seja em que domínio for. Eu acredito que a "educação pela arte" poderia ajudar a sermos melhores homens e mulheres e a fazermos do mundo em que vivemos uma coisa mais bonita e não um caixote de lixo onde morreremos todos afogados.
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Ema
ResponderEliminarMas...
Matemática, Ciência e Português é que é preciso, para se ser feliz e produtivo! Os artistas são as cigarras... mas hoje em dia, e por se falar de inovação, só os criativos podem chegar lá, não com Matemática, Ciência e Português!
O Rokefeller é um génio/herói e Picasso um vadiolas/mulherengo...
Apenas uma observação: o texto é de minha autoria e não de Chico Alencar (aliás, citado no texto). O link foi retirado do seguinte blog: http://boletimodiad.blogspot.com/2011/01/por-uma-educacao-estetica.html
ResponderEliminarAbraços,
Jéferson Dantas.
Caro Jéferson
ResponderEliminarPeço desculpa pelo "furto" da autoria, mas vou já repor.
E obrigado pelo artigo e por não ficar incomodado pela publicação sem licença, abuso que exerci por ser associado do SER.