O BPN perdeu cerca de 200 milhões de euros em depósitos nos últimos quinze dias, após o banco se ter tornado o centro das atenções das eleições presidenciais e do Parlamento, disse à Lusa fonte ligada à instituição.
Esta é a segunda vaga de “fuga” de depósitos no BPN desde que foi nacionalizado em Novembro de 2008, depois de ter passado de um total de depósitos de clientes de 4,5 mil milhões de euros em 2008 para os actuais três mil milhões de euros. No passado, segundo a mesma fonte, grande parte destes depósitos foram “transferidos” para a Caixa Geral de Depósitos (CGD), sendo que actualmente, em termos de tabela de remuneração de depósitos, o BPN está a oferecer mais 0,25% do que o banco estatal.
O BPN, gerido pela CGD desde que o banco foi nacionalizado, em Novembro de 2008, registou nos primeiros nove meses de 2010 um resultado líquido negativo de 42,2 milhões de euros, face ao prejuízo de 87 milhões de euros obtido em igual período de 2009, segundo dados da própria instituição.
Líder do CDS-PP acusou José Sócrates de estar a proteger Vítor Constâncio, antigo governador do Banco de Portugal e camarada de partido e teve de pedir «calma» a Teixeira dos Santos.
Durante o debate quinzenal no Parlamento, grande parte da manhã em volta do caso BPN, Portas recordou que Vítor Constâncio tinha prometido que a nacionalização do banco nada ia custar aos contribuintes.
Veloso Azevedo, empresário de construção civil da zona de Braga, tinha um contrato de compra e venda assinado com Oliveira Costa, o principal arguido do processo BPN, e alienou cerca de seis milhões e meio de acções da SLN, a ex-proprietária do banco, por 3,04 euros por acção.
Com esta iniciativa, denunciada por Paulo Portas, líder do CDS, na Assembleia da República, o Estado, via BPN, ajuda a sustentar o grupo (agora designado Galilei), e que está a atravessar um mau momento.
Portas disse que o BPN tinha adquirido, em Outubro de 2010, dois anos depois da sua nacionalização para não falir, seis milhões e quinhentas mil acções da SLN, por 3,04 euros por acção. Isto perfaz um investimento de mais de 20 milhões de euros. Paulo Portas esclareceu ainda, com base em documentos, que cada acção tinha valor nominal de um euro.
O secretário-geral da CGTP afirmou hoje que o caso BPN é uma “montanha de fraudes e esquemas” para enriquecimento de alguns e reflecte o “jogo de interesses” entre os poderes económico e político nos últimos anos.
Está tudo de acordo, menos alguns, que estão à espera da desobriga da Páscoa, mas já falta pouco.
Não serão precisas mais achas, mas isto é que começou e acabará por ser o nosso cangalheiro. Quem transporte o caixão, não deve faltar, para segurar nas (b)orlas…
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