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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Virtudes e virtualidades “tugas” reconhecidas lá fora…

O Palácio de Versalhes registou 1.600.000 de entradas no Verão do ano passado, no período em que Joana Vasconcelos aí mostrou a sua obra. Com este número, o jornal francês Le Figaro coloca a artista portuguesa no topo das exposições mais visitadas em Paris nos últimos 50 anos.
É um resultado de indiscutível relevo, mas que não deve ser comparado directamente com os 1.200.000 que visitaram a exposição dedicada ao faraó Tutankamon, no Petit Palais, em 1967, ou as que se seguem no ranking elaborado pelo jornal: 1.150.000 na da Colecção Barnes, no Museu Orsay (1993); 913.000 na de Claude Monet, no Grand Palais (2011); 840.000 na de Salvador Dali, no Centro Pompidou (1979). Exposições que mobilizaram visitas exclusivamente dirigidas aos nomes e às obras em causa, independentemente dos lugares que as mostravam.
A exposição de Joana Vasconcelos em Versalhes reuniu 15 obras distribuídas pelos vários espaços interiores e exteriores do palácio, onde a artista portuguesa nascida em Paris, em 1971, instalou peças como as já famosas Marilyn e Coração IndependentePeruca e Mary Poppins.
Um sucesso justamente publicitado!
Cerca de 1.500 veículos da polícia inglesa foram equipados com os computadores portáteis Magalhães, fabricados pela portuguesa JP Sá Couto. A empresa prevê vender mais 20.000 unidades até ao final deste ano.
O administrador da JP Sá Couto, João Paulo Sá Couto, explicou que o negócio resulta de uma parceria de 18 meses com os ingleses da Tetratab que, "depois de terem visto um Magalhães, com as suas características principais de robustez e ergonomia, acharam que era um produto que podiam aplicar nos carros da polícia de Inglaterra".
"Desde então, criámos algumas características técnicas necessárias para poder trabalhar neste sistema. O primeiro a ser testado em Londres foi em março de 2012 e, neste momento, já temos 1.500 carros equipados com este sistema. Para os primeiros 6 meses de 2013 temos um business plan de mais 10.000 unidades, num total de 20.000 até ao final de 2013", disse o responsável.
"Todas as alterações técnicas na plataforma inicial do Magalhães foram feitos no nosso gabinete de inovação e desenvolvimento", salientou o administrador e "a qualidade de construção da máquina foi muito valorizada em Inglaterra", assim como o facto de se tratar de uma solução bastante económica. "Este é um projeto low cost, há soluções idênticas 3 vezes mais caras", revelando que "a solução completa [incluindo docking station, computador, software, teclado e assistência] poderá rondar os 2 mil euros".
João Paulo Sá Couto adiantou que, além das várias forças policiais em Inglaterra, decorrem já negociações para "entrar noutros países da Europa", nomeadamente na Bélgica, Alemanha e Suíça.
Roger Marsden, agente comercial exclusivo da Tetratab no Reino Unido e ex-polícia, explicou que a empresa andava à procura de um dispositivo tablet que fosse robusto, compacto, portável, mas, também, económico. "Em 2007/8 as forças policiais [no Reino Unido] usavam PDA, mas perceberam que eram demasiado pequenos e não permitiam que se fizesse trabalho administrativo, como relatórios e autos, por isso todos procuravam um dispositivo maior. A única opção era muito dispendiosa e, então, reparámos neste equipamento da JP Sá Couto e pensámos que, se era suficiente resistente para ser usado por crianças, então também era bom para os polícias, que são como as crianças e atiram as coisas para o chão", brincou.
Como principais trunfos da JP Sá Couto, Marsden destacou a capacidade de produção de "pequenas quantidades, à medida do cliente e em curto espaço de tempo".
Através de uma parceria com a Vodafone, a solução deverá agora ser adaptada a diversas outras áreas: "Eles depressa perceberam que esta solução é muito boa para mecânicos, engenheiros, serviços de água, gás e eletricidade, onde os trabalhadores precisam de um equipamento robusto, mas simples e económico. E, a esse nível, este equipamento é absolutamente perfeito", sustentou.
"Pretendemos expandir esta solução de muitas formas. No Reino Unido será para os serviços de bombeiros, pessoal de manutenção e outros trabalhadores móveis. Já o vendemos a 11 países diferentes da União Europeia e estamos em constante expansão", referiu o diretor executivo da Tetratab, Robert Lovelace.
Um sucesso injustamente silenciado…

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