Os EUA podem avançar com um processo em tribunal contra a agência de rating Moody's. Representantes do Estado e do Departamento de Justiça norte-americano estarão a discutir a possibilidade de avançar contra esta agência norte-americana, depois de já ter sido submetido um processo de fraude civil contra a Standard & Poor's (S&P) no início desta semana.
A acusação do Departamento de Justiça deverá ser a mesma que foi feita à S&P: a agência manipulou deliberadamente a classificação de rating de produtos financeiros cuja falência foi crucial para o início da crise.
Mas a decisão de avançar também sobre a Moody's ainda não está tomada, só devendo acontecer depois do início do julgamento da Standard & Poor's e se perceber qual pode ser o desfecho.
A S&P refuta as alegações do Departamento de Justiça e defende-se com o facto de outras agências de rating terem dado as mesmas qualificações aos mesmos produtos financeiros, como os subprime e os Octonion I.
Das 3 grandes agências de rating, apenas a Fitch ficaria de fora da acção do Governo norte-americano. A Fitch, cuja propriedade se encontra dividida entre a holding francesa Financière Marc de Lacharrière e o grupo de media norte-americano Hearst Corporation, é a única das grandes agências não totalmente dos EUA.
Parece que vamos no bom caminho para julgar estes “crimes contra a humanidade”, esperando que os responsáveis não só sejam engaiolados, mas que também reponham o produto das fraudes para alívio dos vigarizados.
Mas não deixa de ser curioso e preocupante, que os EUA só processem a Moody’s depois de saber se o processo à S&P terá um final infeliz para os “felizardos”, porque quer dizer que não tem muita fé na Justiça…
Pena que a França (de Hollande) não faça o mesmo à Fitch, deixando-o mal na fotografia, por permitir a impunidade aos terroristas financeiros, quando combate os “terroristas” do Mali… Guerra é guerra, de muitas formas…
Entretanto, o clima de patologia social foi criado de forma tão vincada, que o crime (consciente) deu origem ao “humor afro-americano” entre colaboradores de todas as etnias e provavelmente pais de família… Esperemos que (não) tenham sido vítimas da “bolha” e que não lhes tenha rebentado na cara…
O drama e o ridículo tocam-se e chocam-nos!
Mensagens trocadas entre funcionários da Standard & Poor's estão a ser alvo de polémica por fazerem pouco dos métodos de avaliação da agência antes do início da crise. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou algumas das mensagens como forma de responsabilizar a S&P pela crise financeira de 2008.
"Não devíamos classificar isto" escrevia um funcionário da S&P, discutindo com um colega o modelo de avaliação da empresa para obrigações de dívida e afirmando que aquele negócio era “ridículo”. "Nós avaliamos tudo. Mesmo que seja estruturado por vacas, avaliamo-lo" respondeu o colega.
Este é um dos exemplos utilizados na queixa apresentada contra a Standard & Poor's. Mas de acordo com o Departamento de Justiça há mais casos como este, tendo já sido analisados milhões de e-mails trocados entre funcionários da agência.
"Espero que já estejamos ricos e aposentados quando este castelo de cartas cair" escrevia outro analista da S&P em 2006.
A Standard & Poor's é acusada de ter provocado perdas superiores a 3.700 milhões de euros por inflacionar a classificação de ativos imobiliários nos quais as instituições financeiras investiram.
Os Estados Unidos acusam ainda a agência de enganar os investidores ao afirmar que as notas eram dadas objetivamente e sem conflito de interesses.
A queixa apresentada engloba o período entre setembro de 2004 e outubro de 2007, anos fortes para o mercado imobiliário norte-americano, até que a crise começou a dar sinais evidentes.
Para o procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, este é um "importante passo em frente" para castigar as condutas abusivas que conduziram à crise financeira.
desde que esperes deitado...
ResponderEliminarem 2060 não deves estar vivo
Embora não tenha a aparência do atleta da foto, seguramente que estarei deitado, mas não vivo...
EliminarIsso, mais ou menos, já disse no post sobre a S&P.