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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Não é por cá! É na Ibéria…

Mariano Rajoy está a braços com um enorme escândalo de desvio de dinheiro, do qual ainda ninguém sabe se é culpado. Mais modestos, os portugueses têm o seu Franquelim, que além de ter sido administrador da SLN  não se sabe se cometeu alguma ilegalidade. Lá, como cá, apenas uma coisa é certa: os eleitores, os cidadãos já não acreditam na inocência de nenhum político.
Jorge Almeida Fernandes, um sólido analista que escreve no 'Público', dá conta desta conclusão a propósito do escândalo espanhol. Num texto, ontem publicado, cita um economista daquele país numa frase que devia estar gravada na consciência de todos os cidadãos da península. Porque aquilo que ele diz da classe política espanhola, pode, ipsis verbis, ser dito da portuguesa.
Diz Molina:  "A  classe política é uma elite assente num sistema de capturas da rendas que permite, sem criar nova riqueza, desviar rendas da maioria da população."
São duas linhas que resumem um país. Os nossos dirigentes, estes, os que os antecederam e se nada for feito os que lhes sucederão, parasitam o país, não contribuem para criar riqueza a não ser, em certos casos, para os próprios e depauperam aqueles que se esforçam.
É por isso que uma grande reforma é absolutamente indispensável. Não, necessariamente, o arremedo de reforma do Estado que Passos quer; nem a que Seguro está disposto a fazer. Mas uma reforma profunda, no plano político, institucional e económico que mude as bases "deste sistema de capturas".
Os nossos políticos são fracos, não têm carisma nem capacidade de liderança, mas têm o 'timing', o apoio popular, a oportunidade e a absoluta necessidade de fazer algo decisivo. Se não o fizerem, se não o entenderem e não tiverem essa coragem, aqui como em Espanha e noutros países, é a própria democracia que condenam.
Henrique Monteiro
Depois do 6.º mês consecutivo de descidas neste indicador, o número total de trabalhadores em Espanha era, no final de janeiro, de 16.179.438 pessoas.
O secretário de Estado da Segurança Social destaca que janeiro "sempre foi um mês mau para o emprego" e que os números são afetados pelo fim dos contratos do período de Natal.

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