O Governo injetou mais 1.000 milhões de euros no BPN. O buraco está cada vez maior e pode vir a custar ao bolso dos portugueses 7.000 milhões. As verbas são reveladas no último relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental da Assembleia da República. O Estado transferiu no final do ano mais 1.330 milhões de euros para a Parvalorem e a Parups, sociedades criadas precisamente para adquirir o chamado "lixo tóxico" do BPN.
São os activos em princípio não recuperáveis que o BIC não quis na reprivatização e que foram assumidos pelo Estado. Esta verba será para pagar empréstimos junto da Caixa Geral de Depósitos.
A nacionalização do BPN terá já custado assim mais de 5.000 milhões ao Estado, ou seja, aos portugueses e admite-se que os custos possam chegar aos 7.000 milhões.
Depois de tudo que já se disse e continuará a dizer, depois de tudo que já foi provado e se continua a meter pelos olhos dentro, independentemente dos montantes, só há duas questões a por, muito simples, mesmo para quem é muito burro:
1. Por que é que são os contribuintes que tem que pagar os rombos feitos nos bancos por assaltantes profissionais e que tem o dinheiro do “trabalhinho”?
2. Conhecendo-se todos os nomes e respetivos “refúgios”, por que andam ainda os assaltantes à solta?
Há burla, há burlões e burlados e os burros nem relincham?
Um outro país parceiro do mesmo infortúnio, apesar de ter arranjado, como aqui, um caixote para o lixo tóxico, acaba de liquidar a peçonha, sem ter vendido em saldo o “BPN” de lá. E ainda conseguiu alterar as condições do resgate, do qual constava um montante para a recuperação da fraude, o que representa um passo no caminho para a recuperação económica e alívio da austeridade dos irlandeses…
E por cá? Não somos todos europeus? Ou fui eu que não entendi e não há qualquer paralelismo?
Ou esta massa já vem dos 4.000 milhões que nos querem sacar, condicionando o tamanho e a qualidade do “Estado Social” conforme o que sobra dos assaltos?
O parlamento irlandês aprovou a liquidação do Anglo Irish Bank, nacionalizado em 2009 na sequência da crise financeira global. Os deputados aprovaram o projecto de lei com 113 votos a favor e 36 contra.
O presidente promulgou a lei esta manhã, tendo o processo ficado decidido antes da abertura dos balcões, e também dos tribunais, para evitar quaisquer acções judiciais que pudessem provocar atrasos. Foi uma forma de prevenir que os credores retirassem da instituição os activos avaliados em cerca de 12.000 milhões de euros, que serão transferidos para a NAMA (Agência Nacional de Gestão de Ativos), a instituição criada por Dublin durante a crise financeira para aliviar os bancos do país dos seus activos tóxicos.
Apesar de ter sido aprovado pelos deputados irlandeses, o desmantelamento do Anglo Irish Bank precisa do aval do Banco Central Europeu (BCE).
O primeiro-ministro irlandês, Enda Kenny, confirmou que o seu governo chegou a acordo com o BCE para alterar as condições do resgate do Anglo Irish Bank. “O resultado conseguido hoje representa um passo histórico no caminho para a recuperação económica”, afirmou Kenny no parlamento de Dublin.
Segundo o governante, o acordo firmado em Frankfurt com o BCE permitirá reestruturar o empréstimo de 31.000 milhões de euros concedido há 3 anos ao Executivo anterior para salvar o Anglo e também a entidade financeira Irish Nationwide.
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