Após dois anos de estudos, uma comissão mista de parlamentares e especialistas estabeleceu 10 itens para avaliação do bem-estar, ao lado do PIB. O primeiro relatório poderá sair em 2014. Verdes criticam "caos de indicadores".
Martin Koch
Há 2 anos, parlamentares de todas as agremiações políticas, vêm a discutir com especialistas as possibilidades de novos indicadores. Entre os 10 quesitos definidos estão a distribuição de rendimento, o nível de educação, a estabilidade do sistema de saúde, assim como o impacto ambiental, por exemplo através da emissão de gases-estufa. O governo deverá informar regularmente a evolução de cada um dos indicadores.
Critérios de prosperidade
Para a líder da comissão mista, Daniela Kolbe, do Partido Social Democrata (SPD), 3 aspetos são de particular importância. “Fico contente que haja relatórios regulares sobre a distribuição da prosperidade. Um segundo ponto é o acesso a bons empregos. E, em geral, acho bem darmos um maior destaque aos indicadores ambientais”. Entre estes encontrar-se-iam: o engajamento por um meio ambiente intacto, o impacto dos gases causadores do aquecimento global e a biodiversidade na Alemanha, disse Kolbe, que também considera importantes as oportunidades de acesso à educação e os níveis educacionais, a saúde e a expectativa de vida, assim como a qualidade da segurança social e a participação política. Além disso, processos dignos de nota nos diferentes subsetores serão regularmente monitorados. O plano prevê também consultas regulares aos cidadãos, para que eles próprios avaliem a sua qualidade de vida e o grau de satisfação pessoal.
"Oportunidade desperdiçada"
O relatório recebeu tanto elogios como críticas. Os partidos A Esquerda e Verdes votaram contra o esboço apresentado pela comissão. Ambos concordam que há necessidade de mudar os métodos de avaliação. Porém segundo o árbitro da comissão, o deputado Verde, Hermann Ott, em vez do "caos de indicadores" proposto, bastariam 4 critérios para avaliar o verdadeiro bem-estar na Alemanha: ao lado do PIB per capita e da distribuição de rendimento, seriam considerados o consumo de recursos e uma pesquisa de opinião entre os cidadãos, relativa ao seu nível de satisfação com a vida.
Para o economista ambiental Hans Diefenbacher, o relatório da comissão foi, acima de tudo, uma oportunidade desperdiçada: além de não ser novo, estaria a competir com outros sistemas, como aquele em que se baseia o relatório bienal de sustentabilidade do governo alemão.
Para o também vice-diretor do centro de pesquisas do Instituto Luterano para o Meio Ambiente, nenhum índice é tão revelador como o PIB. E lembra a existência de outros mecanismos, como o Índice Nacional de Prosperidade (NWI, na sigla em alemão), que ajudou a desenvolver por encomenda do Ministério do Meio Ambiente. O NWI leva em consideração atividades como trabalho voluntário e doméstico, cujo valor não é passível de se avaliar em dinheiro, e que foram ignoradas no presente relatório, aponta Diefenbacher.
Apesar das críticas, a comissão "Crescimento, Bem-Estar, Qualidade de Vida" almeja estabelecer um Relatório Anual de Prosperidade, baseado nos critérios propostos e análogo ao Relatório Anual Económico. Um requerimento nesse sentido será apresentado ainda antes do recesso de meio do ano. Caso aprovado, o primeiro relatório poderá ser publicado já em 2014.
Não há instituição, nacional ou internacional, passando pela ONU, que não esteja a alterar os critérios para alterar o conceito de pobreza, sem que mexam uma palha para alterar o status quo, o que quer dizer que pretendem apenas, sem nada fazer para isso, classificar um indivíduo ou uma sociedade, hoje considerada pobre, milagrosamente passa a remediada ou até rica…
Esta gente anda a enganar a pobre gente! Que Deus lhes perdoe!
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