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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O PAÍS VAI TODO EM CONTRAMÃO, diz o "Tio Gaspar"

A antiga líder do PSD foi clara em acusar o ministro das Finanças de estar a governar com "base em modelos" sem preocupações sociais e com "teimosia em aplicar uma receita que toda a gente já viu que não resulta".
Depois de ter considerado "surreal" o modelo de transferir para as empresas o aumento das contribuições dos trabalhadores, Ferreira Leite contestou que "ninguém tivesse sido ouvido" e foi perentória em afirmar que este modelo vai conduzir ao aumento do desemprego. "Não há um empresário, um trabalhador ou um economista que defenda essa medida", acentuou a ex-ministra das Finanças, que lamentou que os termos das negociações com a troika não sejam conhecidos, "para sabemos quais são a medidas impostas e por que foram aceites".
A par das críticas contundentes à teimosia em seguir um rumo que deu provas de ter falhado, Ferreira Leite disse que "está a faltar muito bom-senso e, fundamentalmente, muita prudência".
Preocupada com a instabilidade social e política, a economista ainda acusou o Governo "estar a levar a classe média à pobreza" e de não cuidar de garantir um clima de concertação social.
O ministro das Finanças, Vítor Gaspar anunciou no Parlamento que o Governo irá ainda tomar "algumas medidas temporárias" para alcançar a meta revista do défice de 5,0% para este ano, para além das medidas já anunciadas que haverá novo retificativo, que este "será apresentado ao mesmo tempo que o Orçamento do Estado para 2013, como de resto aconteceu o ano passado".
Questionado após a comissão sobre que medidas seriam essas, Vítor Gaspar não esclareceu as dúvidas dos jornalistas.
Reações à conferência do ministro das Finanças, Vitor Gaspar, a propósito da 5ª avaliação da troika, e na qual anunciou mais medidas de austeridade, 4 dias depois do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.
Prazo e montante do programa não foram alterados
Jorge Moreira da Silva, coordenador da Comissão Política Nacional do PSD
Austeridade deve ser imposta aos governos
Berta Cabral, candidata do PSD/Açores à presidência do Governo Regional
Governo reconhece fracasso mas insiste nas mesmas políticas
Abel Fernandes, economista
CIP reclama medidas de redução da despesa
António Saraiva, Confederação da Indústria Portuguesa (CIP)
Governo continua obcecado por política neoliberal
Arménio Carlos, líder da CGTP
É mais um roubo sem precedentes
Casimiro Menezes, presidente do Movimento Unitário de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI)
Projeções irrealistas
Comunicado da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP)
Consenso está completamente rompido
João Cravinho, ex-ministro socialista das Obras Públicas
Não sabemos o défice real deste ano
Manuela Arcanjo, economista
Onerar rendimentos da poupança é errado
Laginha de Sousa, presidente da NYSE Euronext Lisboa
Mais austeridade resulta do falhanço completo do Governo
Vasco Cordeiro, candidato do PS/Açores à presidência do Governo Regional
É já uma questão de sobrevivência
Teresa Costa Macedo, presidente da Confederação Nacional das Associações de Família (CNAF)
Aumento de impostos para a classe média
Bagão Félix, economista
Medidas violam igualdade e proporcionalidade
Secretariado Nacional da UGT
Governo devia demitir-se em bloco
Heloísa Apolónia, deputada de Os Verdes
Luz ao fundo do túnel apagou-se em definitivo
Catarina Martins, deputada do Bloco de Esquerda
PS está sempre preparado para governar
Eurico Brilhante Dias, membro do Secretariado Nacional do PS
Temos uma ditadura
Siza Vieira, arquiteto
Mais um ano suavizará impacto social do programa português
Olli Rehn, comissário europeu dos Assuntos Económicos
Governo faz cócegas de tributação ao capital
Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP
Economia não vai crescer com aumento dos descontos
Mário Pereira Gonçalves, presidente da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares (AHRESP)
Apesar de sabermos que MFL e PPC se estimam dentro dos limites amor/ódio, esta análise e conclusões da ex-ministra, nem sempre querida nas medidas que tomou nos vátios cargos, comparando-as, as dela foram beliscaduras e as deste governo são garrotes.
O que ressalta destas críticas é que a visão política da sociedade em que queremos viver, se empareda entre as fronteiras da Social-Democracia e do Ultraliberalismo, entre o humanismo e monetarismo, entre a dignidade das pessoas desafortunadas e a gula das pessoas com fortuna.
E não sou eu que digo, mas que quero fazer essa leitura, porque, penso, que não há outra. Vindo de quem vem, apesar das circunstâncias, percebe-se a autoridade política, doutrinária e moral de Ferreira Leite e o poder discricionário, prepotente e subjugado do “Pai Pedro” e do “Tio Gaspar”.
Provando a teimosia (e a incompetência) dos responsáveis por este fracasso de salvação nacional e depois da xaropada do “Pai Pedro”, somada à do “Tio Gaspar”, este insiste, em puro contra ataque (de ofendido) contra a parede, propondo ainda mais xarope para este ano.
Somando a competência (que tinha pés de barro) do “Tio Gaspar” ao seu mau feitio (disfarçado em falsa simpatia) e à sua insensibilidade social (que assusta qualquer humano), só lhe resta, num ato de inteligência, pedir a demissão e entregar a pasta a quem seja o seu contrário… Parece que só ele, o “Pai Pedro” e o “DOUTOR Relvas” fazem de conta que acreditam neste curandeiro.
Para além de muitos mais, políticos da oposição e do governo, sindicatos, confederações patronais, independentes, etc., não se encontra sintonia entre o governo e a sociedade portuguesa, o que prenuncia a falta de razão do governo e a necessidade arrepiar caminho, pelo cumprimento dos contratos, pela manutenção dos direitos constitucionais, pela obrigação de fazer pagar a dívida por quem a fez, por penalizar equitativa e proporcionalmente os sacrifícios, sucintamente cumprir as promessas que fez antes das eleições, que lhe deram o aval para “salvar” o país e não “matar” os concidadãos.
Está-se mesmo a ver, que todos aqueles correligionários do governo, que defenderam (já poucos falam da mesma maneira e muitos já se silenciaram) o que nos foram impondo, terão que fazer um ato de contrição, calar-se para sempre e começarem a pensar pela sua própria cabeça, mesmo pondo em risco um lugarzinho de deputado…
O que é (in)compreensível é que o “Tio Gaspar” não ceda e deite gasolina para a fogueira quando contrariado por toda a sociedade e admita amenizar a xaropada, só porque o CDS-PP, parceiro de coligação não gostou de ser traído e começou a reagir ao peso que sente na cabeça…
E isto só prova que o “problema” não é de cariz económico-financeiro, mas de raiz política, desacelerando o passo para um tipo de sociedade implantado num chip no cérebro destes robôs, colocando (toda) a sociedade civil contra este governo (trazendo a contestação para a rua), pondo à prova a parceria governamental (falta ouvir Paulo Portas), retirando o PS dos 80% (que votará contra o OE2013) que o “Tio Gaspar” propalava (demagogicamente), entalando o Presidente da República (que terá que enviar o OE2013 para o TC) e confrontando o Tribunal Constitucional (contrariando o acórdão na sua substância)…
Até parece que querem fugir, mas que alguém os empurre… E que os deuses deem uma ajudinha, para que o inferno não seja nesta Terra.
INCHALÁ!
Por favor, calem o “DOUTOR Relvas”!

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