331 dias depois de ter anunciado os cortes nos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos e pensionistas, chumbados pelo Tribunal Constitucional, Passos Coelho anunciou mais austeridade.
Recorde alguns discursos aos portugueses
13 de Outubro de 2010 - Se Portugal estava à espera de um Governo, recém-eleito, que fosse capaz de fazer um milagre, perceberam nesse dia que, não seria o caso. Na primeira vez que falou, olhos nos olhos com os portugueses, Pedro Passos Coelho, em direto de São Bento às 20 horas, anunciava os cortes nos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos e pensionistas "para quem tem pensões superiores a mil euros por mês".
25 de dezembro de 2011, com todos os portugueses a sentirem nos bolsos a aplicação do suplemento social solidário que amputou parte dos seus subsídios de Natal, o chefe do Governo prometia para 2012 "grandes mudanças e transformações". "Neste Natal temos razões para olhar de frente o futuro com esperança porque sabemos o que queremos. E porque sabemos que os portugueses têm sido corajosos e que o seu esforço vai valer a pena. Um Bom Natal e um Feliz Ano Novo", disse na Mensagem de Natal .
18 de janeiro de 2012, por ocasião da assinatura do acordo de concertação social , o primeiro-ministro voltou a falar aos portugueses na presença dos parceiros sociais, e não fez a coisa por menos: "Hoje vivemos um dia histórico."
No acordo a que a CGTP virou as costas, Passo Coelho via "políticas ativas de emprego que incentivam a contratação, nomeadamente através do programa Estímulo 2012, que apoia financeiramente a contratação de desempregados de média e longa duração e associa este apoio à prestação de formação profissional no local de trabalho".
Segundo o gabinete de estatísticas oficiais da União Europeia (Eurostat), em julho de 2012, 15,7% da população ativa portuguesa, não tinha emprego. Olhando especificamente para os jovens, Portugal registou neste mês a 3ª taxa mais elevada - 36,4% - entre os países sobre os quais há dados disponíveis, muito acima da média da Zona Euro (22,6%) e da UE (22,5%).
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