"A vontade do povo grego vai comprometer-nos", disse Papandreou, em declarações aos deputados do Partido Socialista grego, no governo. "Eles querem adotar o novo acordo ou rejeitá-lo? Se os gregos não o quiserem, não será adotado", acrescentou Papandreou, quando, na passada semana, o país enfrentou uma nova vaga de protestos contra medidas de austeridade adicionais decididas pelo governo, que estão a empurrar os gregos, em 2012, para o quarto ano seguido de recessão.
Temos que reconhecer que isto é uma tática “à Mourinho”, que passa a iniciativa do jogo para o adversário, que de tão convencido da sua superioridade se esqueceu da defesa…
Afinal o contra-ataque parece ter virtudes que a inevitabilidade desconhecia e que passa por devolver ao POVO a decisão do seu destino, que mais não é do que o cerne da democracia.
E fica provado, que de tanta humilhação, depois do POVO, são os próprios Estados que tem que forçar a mudança de rumo da história no futuro breve, obrigando a tal quem, sem direito, tem brincado com uma civilização e com os seus valores.
4 anos de muito sacrifício de muitos para NADA! Soluções inteligentes…
A Comissão Europeia afirmou hoje que ainda não foi formalmente notificada pelo Governo grego sobre o referendo.
"Até termos, por exemplo, uma carta, ou algo parecido, do primeiro-ministro, não será de esperar uma reacção da nossa parte", frisou.
Burocraticamente, a CE espera a confirmação em papel, fazendo mais uma vez o papel “do último a saber”, fazendo saber que nem lhe passou pela cabeça tal jogada…
O presidente francês vai falar esta terça-feira ao telefone com a chanceler alemã pelas 12 horas para discutir a decisão grega de realizar um referendo sobre o plano de ajuda ao país decidido na semana passada em Bruxelas.
Merkozy, que veem os (seus) planos furados, parece que perderam repentinamente a arrogância e o “poder” usurpado, porque sabem muito bem que um afogado, quando o tentam salvar, leva consigo o “salvador” ao fundo… Onde estava o Plano B?
Preocupações quanto ao futuro da zona euro penalizam moeda única. Há momentos, o euro recuava 2,13% para 1,3846 dólares, a caminho da maior queda desde Agosto de 2008.
Os mercados estão longe de estar descansados quanto ao novo plano para estancar a crise da dívida.
E a jogada grega (bem arquitetada) deixou a defesa em pantanas, mexendo com o euro e pondo os mercados em sentido, coisa que nem Merkozy, nem os patrões do mundo conseguem (porque não querem ou lhes dá jeito), mas vão ter que rever a tática, se houver segunda parte, ou segundo jogo...
Na primeira parte dominaram o jogo, “mamaram” o que quiseram impingindo material de guerra desnecessário, cobraram taxas incomportáveis para lhes pagar os “brinquedos” adquiridos, preparavam-se para lhes sacar os anéis com as privatizações, mas…
As bolsas europeias abriram esta manhã em queda acentuada. O primeiro-ministro assegurou que a decisão saída do referendo será vinculativa, ou seja, se o plano for chumbado, a Grécia não o aplicará.
A notícia arrasou a confiança dos mercados. Atenas, sem surpresas, lidera, a cair 7,3%, Milão desce 4,07%, mas Paris, Madrid e Frankfurt também caem cerca de 3,5% cada. Em Lisboa, o PSI20 recua 3,43%.
Cá dentro, como lá fora, são os bancos que mais sofrem.
O referendo grego está também a deprimir as cotações do petróleo e do euro.
E se o referendo resultar em nega, a zona euro, a UE, os EUA e todas as economias do mundo, vão perceber que o poder político pode reassumir a governação no mundo e recuperar a soberania.
A Grécia, de tanto se falar em dominó, resolveu jogá-lo e deixar aos adversários ir ao monte e encher-se de peças que não encaixam e não servem para nada.O sistema foi posto à prova, com uma jogada inesperada e que não estava nos livros e que leva de enchurrada tudo que de financeiro havia pela frente…
A oposição grega criticou a decisão do Executivo de George Papandreou de submeter a referendo o novo plano de ajuda financeira.
O líder do partido da Nova Democracia disse que o anúncio do primeiro-ministro é “perigoso” e que Papandreou “está a atirar a Grécia ao ar como se fosse uma moeda”, acusando-o de não saber governar.
As oposições (internas) tem sempre estas tiradas, por não serem oposição ao assalto do exterior e seguramente por razões de ordem familiar, politicamente falando, a ponto de não entenderem que quem andava a atirar a Grécia ao ar como se fosse uma moeda (falsa) eram o/as Merkozy…
É pena que por cá não haja coragem para se fazer o mesmo, evitando as extrapolações abusivas dos resultados eleitorais, que “dizem” lhes conferiram autoridade para nos massacrarem.
E com este exemplo de “imolação” coletiva que os gregos nos dão esperemos que hoje seja o primeiro dia do resto das NOSSAS VIDAS!
Cartoon do Felizardo Cartoon
É caso para dizer que o casal Merkozi se está a ver grego eheheh...Esperemos que estejas certo Miguel.
ResponderEliminarmaria
ResponderEliminarÉ só palpite, mas acho que acertei (os gregos é que acertaram) na mouche! Deixaram todos de cara à banda e sem plano B, que é o mesmo que dizer com as cuecas na mão... Agora que a limpem.
Esqueço a Grécia, os merkozi, a crise e o raio para te fazer honras à vida. tudo de bom , Miguel.saúde.
ResponderEliminarabreijo e que o ano que agora inicias, te seja leve e feliz (porque assim também será para os teus amigos e não só).
Em@
Ema
ResponderEliminarO meu novo ano só será feliz se as pessoas à minha volta, num raio muito grande estejam felizes e nas atuais circunstâncias, talvez passe pela posição dos gregos no futuro muito próximo, que se imolarão em prol da nossa virtual felicidade.
Obrigado pelos votos.
a felicidade não existe , certo? existem momentos felizes.e se me leste bem, eu falei nos teus amigos e não só. :(
ResponderEliminarquanto ao resto, esperemos que o talvez seja uma hipótese a não concretizável._____________________
mas se quiseres posso desejar-te tudo ao contrário, já que é só virtual...
01/11/11
Ema
ResponderEliminarCom o "...em prol da nossa virtual felicidade." só queria dizer que eventualmente a felicidade dos portugueses pode passar pelos episódios próximos relativos à Grécia. O que lhes acontecer, acontecerá a nós.
E mais uma vez obrigado pelos votos ao contrário do contrário...