Uma investigação do jornalista Edward J. Epstein para a “New York Review of Books” e avançado ontem também no “Financial Times” baseia-se em documentos cedidos pelos procuradores e a defesa do ex-dirigente socialista, que na altura do escândalo, em Maio, era o político que mais franceses queriam ver como o próximo Presidente da República.
Na versão resumida da investigação, publicada ontem no "Financial Times", Epstein cita “várias pessoas próximas” do director-geral do FMI, segundo as quais ele foi informado por uma “amiga a trabalhar temporariamente como investigadora para a UMP” de que pelo menos um email que enviara à mulher através do seu Blackberry “tinha sido lido nos escritórios” do partido do presidente Nicolas Sarkozy, o alerta terá levado DSK “a suspeitar que poderia estar sob vigilância electrónica em Nova Iorque”.
A intenção de DSK seria pedir a um amigo que fizesse uma peritagem ao telemóvel, no regresso a Paris. Segundo os registos telefónicos, naquela manhã, DSK usou o aparelho para avisar a filha que chegaria tarde ao almoço que tinham combinado. Mas, horas mais tarde, a caminho do aeroporto, ter-se-á apercebido de que o tinha perdido.
Apesar de o Blackberry nunca ter sido encontrado, Epstein adianta que o circuito de GPS (que possibilita a localização do aparelho) foi desligado ao início da tarde e, dados recolhidos recentemente, indiciam que não terá chegado a sair do Hotel Sofitel.
O ministro do Interior francês rejeitou a possibilidade de ter havido um complot contra o ex-diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn.
Eptein disse-se convencido de que houve uma tentativa para "fazer fracassar" a candidatura de Dominique Strauss-Kahn à presidência, mas o jornalista não quis classificar o que houve como um "complot político" totalmente montado.
O “Le Monde” deste fim de semana destaca as novas revelações que alimentam as suspeitas de um complot contra o ex-chefão do FMI no escândalo sexual em Nova York e também uma investigação sobre uma rede de prostituição no norte da França vinculada a ele.
O conservador “Le Figaro” ataca mais uma vez a esquerda francesa e o candidato socialista às eleições presidenciais François Hollande baseado no polémico acordo firmado entre o PS e os ecologistas. Além de querer desmantelar o parque nuclear francês, o candidato Hollande derrapa mais uma vez ao sugerir que a França está pronta para renunciar ao seu direito de veto no Conselho de Segurança da ONU.
O “Libération” dedica a sua manchete ao discurso de sexta-feira do presidente Sarkozy atacando a linha adotada pelo seu adversário socialista de diminuir a dependência do país da energia nuclear. No seu discurso, com ares de campanha eleitoral, Sarkozy quis tirar a credibilidade do acordo entre os socialistas e os ecologistas sustentando que a energia nuclear é um tema ligado à soberania nacional. Na manchete, o jornal parodia o título de um filme e atribui a Sarkozy uma frase cheia de ironia: "Nuclear, meu amor".
Nada de novo de que não se desconfiasse e se entendesse como plausível, se relermos o que AQUI se disse e indo mais longe, veja-se o que AQUI é descrito.
De novo, apenas a redução da desconfiança ao partido de Sarkozy, excluindo os EUA, alguns pormenores sobre o caso de que se diz que há provas e um tema “novo” da agenda da campanha eleitoral francesa, que passa pelo desmantelamento do parque nuclear francês, que o candidato socialista quer, ou pela sua manutenção, que o atual presidente parece defender com “garras e presas”… E entrando o NUCLEAR, qualquer bomba pode rebentar, a qualquer momento.
Esperemos por novos capítulos, mas sobretudo pelo final, já em 2012, porque dele depende o “jogo do eixo” e o nosso próximo futuro.
Pode ser que sim... mas não lhe retira culpabilidade!
ResponderEliminarFélix da Costa
ResponderEliminarQualquer presumível culpado é inocente até prova em contrário. Qualquer inocentado é inocente...