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sábado, 3 de dezembro de 2011

Sabe o que é o “crowding out”? Então é um ignorante!

Foto montagem da sapatada do Nikita Khrushchov na ONU
O antigo líder do PSD, Marques Mendes, considera que esta "foi uma semana horrível para o líder do PS" que "saiu muito fragilizado" do debate sobre o OE2012, isto porque António José Seguro recuou na intenção de votar a favor da proposta da maioria, que reduzia o impacto dos cortes nos subsídios de Natal e Férias.
Marques Mendes justifica a oposição interna a Seguro com a influência dos deputados escolhidos por Sócrates e não tem dúvidas: a "tralha socrática faz vida negra a António José Seguro" e considerou ainda que "Seguro deu o dito por não dito" quando se absteve na votação dos cortes nos subsídios de Natal e de férias e acha que "daqui a um ano, Seguro estará a votar contra orçamento".
Pode parecer sinal dos tempos, mas por muito que não gostemos dos deputados que elegemos, mesmo que não votando neles, no papel que a Constituição lhes atribui, de nossos representantes é preciso ter tento na língua e dizer o que deve ser dito sem cavalgar em cima deles.
Vem isto a propósito de o antigo líder do PSD e tantas vezes deputado, Marques Mendes (a atravessar o deserto), ter baixado o nível da “análise” política a tal ponto de chamar aos deputados como ele já foi, de “tralha”…
Fica-se assim sem saber se a “análise” é política, ou partidária, apesar do ressabiamento que Mendes tem em relação a Passos e outros do seu partido. E fica ainda a dúvida se a adjetivação se refere apenas aos deputados socialistas “socráticos”, ou a todos os que agora exercem essas funções no Parlamento, ou a todos os deputados de sempre.
Na 1ª hipótese, o tempo das análises de MM deviam ser contabilizados como Tempo de Antena do PSD.
Na 2ª hipótese, o partidarismo de MM retira-lhe toda a credibilidade da análise, pelo que devia ser dispensado, ou despedido com justíssima causa.
Na 3ª hipótese, fica a sensação de ter uma auto estima tão grande, que se pode traduzir por dor de cotovelo.
Na 4ª hipótese, MM tem que se incluir na “tralha”, o que parece mais plausível, porque do tempo que lá esteve, o que resultou foi esta “tralha” que nos classificam como “lixo”.
Há horas em que o silêncio é a melhor “análise”…
Carlos Costa chama “ignorante” a João Galamba – (com vídeo)
O Governador do Banco de Portugal qualificou de “ignorância” o facto do deputado do PS João Galamba não saber o significado do conceito económico crowding out durante uma audição nas comissões parlamentares de Orçamento e Finanças e de Economia e Obras Públicas. O deputado sentiu-se ofendido e pediu mesmo um “pedido de desculpas”, mas foi ignorado.
“Peço desculpa, isto ultrapassa os limites do bom senso”, disse o governador do BdP. Ainda para João Galamba, afirmou: “É a realidade em que chegamos em Abril, se não quiserem reconhecer a realidade, não a reconheçam, batam com a cabeça na parede, porque a realidade é sempre mais resistente do que a cabeça”, disse, acusando o deputado de “má fé intelectual”.
Na segunda ronda, Carlos Costa não pediu desculpas nem voltou a fazer qualquer referência ao incidente, ignorando o pedido de João Galamba e à saída da comissão, não prestou declarações aos jornalistas e João Galamba também não quis comentar a atitude do governador.
Entretanto, durante uma audição nas comissões parlamentares de Orçamento e Finanças e de Economia e Obras Públicas, o Governador do BdP, um funcionário superior do Estado, teve um comportamento tão inopinado como malcriado e prepotente contra um deputado, que até parecia que ele é que foi eleito e tem poder para insultar quem o foi, com a complacência do presidente da comissão e nenhum reparo de qualquer outro deputado. E a reação do funcionário superior foi de tão baixo nível e num tom tão intimidatório, que até bateu furiosamente na mesa com as mãos, só faltando tirar o sapato, como o camarada Khrushchov …
O que se pode inferir são duas coisas:
A primeira é que o funcionário superior, por lidar com finanças, já está imbuído do poder financeiro, desprezando já a democracia;
A segunda é usar a violência motora e verbal para nos convencer de que ELE é que sabe, menorizando um colega economista, que de certeza absoluta sabe o que é o crowding out, mas numa perspetiva política, que o funcionário superior não domina, mas quer dominar.
Carlos Costa até ganha muito bem, pode saber o que é o crowding out, mas falta-lhe muito para mostrar que é um português de primeira, porque também não vai prescindir dos subsídios de férias e de Natal, para bem da Nação e dos problemas que tem em mãos.
Para não ser acusado de ignorante, fique informado sobre o crowding out, mesmo que não perceba, porque quem sabia e percebia, levou-nos à “tralha” em que estamos…
O Efeito de Crowding Out (em português, Efeito de Deslocamento ou de Evicção) corresponde a uma redução no investimento e de outras componentes da despesa agregada sensíveis às taxas de juro, sempre que o Estado aumenta a despesa pública. Este efeito é justificado pelo facto de existir um mecanismo de transmissão entre o mercado monetário e o mercado de bens e serviços. De facto, quando o Estado aumenta os seus gastos (ou quando reduz os impostos) ocorre, no curto prazo, um aumento da despesa agregada, aumento esse ampliado pelo efeito do multiplicador da despesa. Contudo, o aumento da despesa agregada (e consequentemente dos preços) originará um aumento da procura de moeda por motivo de transacções, que por sua vez irá provocar um aumento das taxas de juro. As taxas de juro poderão aumentar também pela emissão de dívida pública para financiar o acréscimo de despesa do Estado. Este aumento das taxas de juro irá por sua vez provocar uma descida do investimento e de outras componentes da despesa agregada mais sensíveis às taxas de juro. É a esta redução de algumas componentes dadespesa agregada após o aumento das despesas públicas que é dada a designação de efeito de crowding out. Devido a este efeito, o impacto da política orçamental é atenuado, ocorrendo também uma alteração nas componentes da despesa agregada.

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