À margem da vistoria técnica que antecedeu a entrada em funcionamento da auto-estrada A41, entre Picoto (Feira) e Ermida (Gondomar), o secretário de estado Paulo Campos admitiu: "Com certeza que há dificuldades e ninguém as está a esconder. São visíveis e estamos a trabalhar diariamente para que sejam resolvidas".
No mesmo sentido se manifestou Valentim Loureiro, o autarca de Gondomar que durante 6 anos presidiu ao conselho de administração da Metro do Porto: "Com os problemas que agora se conhecem da situação financeira do país, penso que é difícil acabar de trazer o metro de Fânzeres até Gondomar / S.Cosme e [construir] a segunda fase, que seria a linha Gondomar / Valbom / Porto Campanhã".
Parece que não há dúvidas de que o PAÍS tem dificuldades de tesouraria, mas é o PAÍS TODO, não é o NORTE, que por acaso(?) é o mais atingido, com a indiferença das restantes “regiões”, que até mamam à custa, como é o caso de Lisboa.
Daí que, a interromper obras no Metro do Porto, terão que ser interrompidas todas as obras de todos os Metros do país, pelas mesmas e exatas razões.
O consórcio Via Porto completa hoje um ano de operação no Metro do Porto com um número recorde de passageiros em março e sem qualquer greve setorial numa altura em que as paralisações nos transportes se sucedem.
“É um ponto de honra do grupo Barraqueiro [que lidera o consórcio Via Porto] ter uma política de recursos humanos que não provoque situações de conflito na empresa”, disse o presidente do conselho de administração do consórcio Via Porto.
José Luís Catarino realçou que “haver uma permanente conversação, com maior abertura possível, tanto com sindicatos como com as comissões de trabalhadores tem permitido o bom entendimento e evitado a existência de greves”.
A linha de comboio Porto / Póvoa, sempre foi a que mais rendimento deu à CP. Com a substituição do comboio pelo Metro e o seu alargamento à área do Grande Porto, o número dos utilizadores vem aumentando, mas parece que o défice acompanha esse aumento. Mesmo consultando Relatórios, nestas coisas de prejuízos é difícil detetá-los, já que o seu conceito é variável e imaginativo, que até chega a considerar como perdas, os ganhos abaixo do previsível.
Se o Metro do Porto dá prejuízo (mesmo dentro do conceito de serviço público/social), porque será que um consórcio privado se meteu no negócio, se o seu objetivo não é perder dinheiro? Com mais de 50.000.000 de utentes/ano, deve haver muito gasto para absorver tanta receita. Ou será que se quer recuperar os investimentos?
Concluindo: aumenta a procura, aumenta o défice(?) e corta-se na ampliação do serviço, para bem da nação e para prejuízo dos “grandes portuenses”…
Curiosidade - Para quem não sabe, o Metro do Porto (falo da linha vermelha, porque não conheço as outras) não tem qualquer instalação sanitária em qualquer estação, nem na plataforma da Sra. da Hora, o que cria situações complicadas aos utentes. Não se sabe se foi para poupar (ridículo), se foi erro de programa e de projeto (imperdoável e resolúvel) e para colmatar a falha deveriam oferecer umas cuecas para incontinentes, que seria substituída quando se provasse que já tinha sido utilizada…
O consórcio ViaPORTO, que integra as empresas Grupo Barraqueiro, Arriva, Keolis e Manvia, foi o vencedor do Concurso para a Subconcessão dos serviços de Operação e Manutenção do Sistema de Metro Ligeiro da Área Metropolitana do Porto. O Contrato de Subconcessão, assinado em Fevereiro 2010, tem a duração de 5 anos.
O Sistema de Metro Ligeiro da Área Metropolitana do Porto tem 6 linhas, 67 quilómetros de via, 80 estações (14 das quais são subterrâneas) e transporta anualmente mais de 50 milhões de passageiros. Para além da rede actual, o contrato de subconcessão inclui também algumas extensões que se encontram já em fase de construção.
Sem comentários:
Enviar um comentário