Milhares de pessoas participaram, este sábado, em Londres, numa manifestação contra os cortes de gastos e as medidas de austeridade promovidas pelo governo de coligação britânico. A "Marcha para a Alternativa" já foi considerada a maior da última década.
As centrais sindicais estimaram uma adesão de cerca de 500.000 pessoas. Mais de 800 autocarros e 10 comboios foram colocados à disposição para levar pessoas de outras cidades até Londres. O protesto decorreu sob vigilância de 4.500 polícias que, apesar disso, não conseguiram evitar confrontos.
A marcha foi convocada pelos principais sindicatos britânicos em Outubro para coincidir com a semana da apresentação do orçamento (apresentado há 3 dias) e também com a altura em que muitos cortes orçamentais começaram a surtir efeito. O desfile começou na estação de Victoria Embankment e foi até ao Hyde Park, local escolhido para o comício.
O líder da oposição trabalhista, Ed Miliband, acusou o governo de fomentar "políticas de divisão" que relembram os anos 80 de Margaret Thatcher.
O secretário-geral do Trades Union Congress, plataforma que reúne 58 dos principais sindicatos do país, congratulou-se pela resposta ao apelo. "Estamos aqui para enviar uma mensagem ao governo: somos fortes e unidos", afirmou, prometendo continuar a lutar contra os "cortes selvagens" e para proteger "os serviços, empregos e vidas das pessoas".
O secretário-geral do Unite, o maior sindicato envolvido no protesto, defende que o governo tem de ser corajoso. "A nossa alternativa é focar as medidas no crescimento económico através da justiça tributária. Se o governo fosse suficientemente corajoso, acabaria com a evasão fiscal (28,5 mil milhões € por ano)."
Se um país “pobre” como o nosso protesta pelas medidas do nosso governo “socialista”, como se compreende que um país “rico” proteste contra as mesmas medidas de um governo “conservador”? Ou o Socialismo luso não se diferencia do Conservadorismo inglês, ou tem em comum o chamado pragmatismo (a 3ª via inventada pelo Blair dos copos), ou é o POVO que está todo enganado. E como não se pode mudar o povo, tenta-se mudar de governo. Mas como não há diferenças nas medidas, conforme as diferenças ideológicas dos proponentes, o povo, mesmo unido, há de ser sempre vencido. Sempre?
Apesar de esta notícia contar 500.000 participantes, outras notícias variam o número, desde os 200.000. Outras notícias acentuam como “mais importante” algumas escaramuças, tão graves como as das eleições do Sporting. Critérios, que nós por cá também constatamos…
Afinal, lá como cá, como em todos os outros periféricos, a recessão planeada, a evasão fiscal dos que mais tem e o povo a pagar a crise.
Não há dúvidas de que a COISA é mesmo orquestrada…
Estão todos à espera que os europeus se unam, protestem e, por fim, lhes "cortem as cabeças". É que já não se aguenta tanta incompetência!
ResponderEliminarA 3ª via é a via para coisa nenhuma. É carne e é peixe ao sabor das conveniências do capital.
Acabaram-se as ideologias (e as ideias), o patriotismo, o humanismo e a decência. Colocou-se no trono o bezerro de ouro e a barbárie.
Elisabete
ResponderEliminarEles estão confiantes de que o povo baixe a cabeça ao cutelo, mas vão-se enganar.
Já vamos é na 4ª, ou 5ª via, que vai sempre dar numa encruzilhada.
Quanto às ideologias, contra o que nos querem impingir, não acabaram, se acabaram foi nos governantes e partidos apoiantes. Acabaram as ideias e os líderes com espinha dorsal e sobram-nos estes "sabonetes" impingidos pelas TV.
Mas com o Euro, nem o nosso (bezerro de) ouro nos serve para nada, nem para pagar a dívida. Fica só a barbárie...
Tem toda a razão, amigo!
ResponderEliminarElisabete
ResponderEliminarInfelizmente