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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Não é dor de cotovelo, é por justiça e por “equidade”!

No dia em que os cortes nos salários dos gestores públicos estiveram em debate nunca é demais lembrar quanto ganhavam em 2009 alguns dos homens mais bem pagos do país a trabalharem em empresas do Estado, mesmo com algumas empresas a registarem prejuízos no balanço.
TAP - O presidente ganhou 637.000 €/ano = 45.000 €/mês;
CGD – O presidente ganhou 560.000 €/ano = 40.000 €/mês;
CGD - O vice-presidente ganhou 558.000 €/ano = 39.000 €/mês;
CTT – O presidente ganhou 300.000 €/ano = 21.000 €/mês;
Parpública – O presidente 249.000 €/ano = 18.000 €/mês;
RTP - O presidente, Guilherme Costa, ganhou 254.000 €/ano = 18.000 €/mês. (Nesse ano, a RTP teve prejuízos de 14.000.000 € e uma dívida acumulada à volta de 800.000.000 €).
Acrescenta-se que para o Governador do BdP estavam destinados 243.208 €/ano = 17. 372 €/mês, a que se deve retirar os 10% do corte imposto.
Ontem, durante uma interpelação ao Governo sobre o Setor Empresarial do Estado, o líder do CDS-PP, Paulo Portas afirmou que "há empresas públicas a mais, gestores públicos a mais, remunerações de gestores públicos a mais, endividamento das empresas públicas a mais e racionalidade económica a menos" e propôs que o tecto para os Administradores de Empresas Públicas não ultrapassasse o vencimento do PR, que ganha 103.600 €/ano = 7.400 €/mês (são vários os números, conforme a fonte).
E acrescentou que o número de empresas públicas aumentou de 84 em 2008 para 93 em 2009 e que, no mesmo período, o número de gestores públicos subiu de 407 para 448, referindo não ter informação oficial do ano passado.
Entretanto:
Cavaco Silva suspendeu o salário de Presidente da República, optando pelas duas reformas, a de professor catedrático e de reformado do Banco de Portugal, que totalizam 10.042 €/mês.
De acordo com as novas regras estão proibidas as acumulações de pensões com vencimentos do Estado.
O que parece solidariedade na desgraça, não deixa de ser a aceitação silenciosa e imediata da Lei que promulgou. Mas é de registar…

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