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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ensino Público e/ou Empresas de Ensino Privado?

O protesto, organizado pelo SOS Movimento Educação, concentrou-se junto ao Saldanha e terminou junto do Ministério da Educação. Os manifestantes, cerca de uma centena, caminharam por Lisboa com caixões que diziam simbolizar "a morte das escolas", exibindo ainda faixas onde se lia "querem matar as nossas escolas".
Este protesto das escolas particulares com contrato de associação com o Estado surge depois de terem sido aprovados cortes nos apoios públicos a estas instituições.
A ministra da Educação disse hoje que o Estado não vai continuar a financiar privilégios e lucros de algumas escolas privadas, assegurando que serão encontradas alternativas caso os estabelecimentos de ensino não assinem os novos contratos de associação.
"Não vamos continuar a financiar privilégios nem lucros de algumas instituições que constroem piscinas, que oferecem golfe, que têm equitação, porque isso é um nível que o ensino público não pode assegurar e não continuará a financiar", afirmou Isabel Alçada.
Mário Nogueira, criticou hoje a utilização de crianças em manifestações contra os cortes no financiamento público aos colégios privados, classificando-a de "ilegítima".
"Nós percebemos que quem ganha muito dinheiro durante alguns anos depois fique aborrecido quando perde esse dinheiro e, portanto, conteste. Agora, há coisas que têm os seus limites e utilizar as crianças para conseguir os seus fins é um bocado ilegítimo", disse.
De tudo que se tem dito sobre o assunto, parece-me que ninguém quis pôr o dedo na ferida, talvez para não melindrar os “teóricos” que atacam o Ensino Público em defesa do Ensino Privado e que tem muitos vectores para ser analisado.
Pegando num desses vectores, que tem a ver com os famigerados e falaciosos RANKINGS, a Ministra vem agora dar a entender que as condições entre os dois “ensinos” não são iguais, razão porque as Escolas Privadas têm mais “sucesso” e à custa do dinheiro do Estado.
Por sua vez, o líder da FENPROF ressalva o objectivo economicista do Ensino Privado, tendo chegado a chamar empresas às instituições privadas de ensino e com razão, que se opõe ao conceito e à prática de serviço.
É verdade que, a mudança das regras a meio do jogo não é legítima, mas também todas as Escolas Públicas e sobretudo os contratos dos Professores do público sofreram da mesma prática e ninguém se insurgiu contra, nem os defensores da Lei.
É lógico e obrigatório que, nas localidades em que não há alternativa de Ensino Público, tem que ser garantida a educação aos respectivos alunos, através do Ensino Privado, até se oferecer a alternativa.
Resumindo, agora é que se está a discutir as virtudes dos dois tipos de ensino, com “a mão na massa”.

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