A crise financeira de 2008 era “evitável”, mas ainda hoje a economia mundial vive no risco de se repetir, dado que o sistema pouco mudou nos últimos anos, revelou uma comissão de inquérito nos Estados Unidos.
As conclusões do relatório final da Comissão de Inquérito à Crise Financeira, a primeira a nível bipartidário sobre as causas da crise de 2008 foram apresentadas em Washington pelo presidente da entidade, Phil Angelides, que em conferência de imprensa disse “Concluímos, em primeiro lugar e antes de tudo, que este crise era evitável”.
A conclusão contraria a tese sustentada por inúmeros supervisores do sector financeiro e banqueiros, de que ninguém poderia ter antecipado os eventos de 2008.
“Alguns em Wall Street e em Washington com uma cota parte no status quo podem sentir-se tentados a limpar da memória esta crise ou a sugerir novamente que ninguém a poderia ter adivinhado ou previsto”, adiantou Angelides.
Até chegar ao actual relatório, a Comissão analisou milhares de mensagens, testemunhos e outros documentos.
Além do relatório, a comissão libertou 1.200 documentos no seu site, a que se deverão juntar outros 700 e 300 transcrições de entrevistas antes de terminar formalmente os seus trabalhos, a 13 de Fevereiro.
Os EUA têm por tradição cometer erros e depois da evidência que a realidade sempre demonstra, criam comissões (democraticamente) para redescobrir a pólvora.
No caso da CRISE, gerada em território americano, uma Comissão de Inquérito concluiu que, em primeiro lugar e antes de tudo, ESTA CRISE ERA EVITÁVEL, contrariando a tese sustentada por inúmeros supervisores do sector financeiro e banqueiros, de que NINGUÉM A PODERIA TER ANTECIPADO.
E para nos animar, admite, naturalmente, que ainda hoje a ECONOMIA MUNDIAL VIVE NO RISCO DE SE REPETIR, dado que O SISTEMA POUCO MUDOU NOS ÚLTIMOS ANOS. Mas eu arriscaria a dizer que se fez muito, mas em benefício dos pirómanos, quanto mais não seja, por omissão e daí o ataque dos especuladores (responsáveis pelo fogo posto).
Se a CRISE era previsível, se se reconhece que se corre o risco da sua repetição porque pouco se fez, de que estão à espera os responsáveis políticos, técnicos e operacionais para tomar as medidas preventivas? Será que vão dizer como aqui se diz, que os responsáveis somos todos nós?
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