O Presidente norte-americano, Barak Obama, anunciou hoje um plano de obras públicas no valor de 38,8 mil milhões de euros, que vai criar milhares de postos de trabalho no curto prazo.
Num discurso para milhares de apoiantes, em Milwaukee, Barack Obama propôs a recuperação de 240.000 quilómetros de estradas e 6.400 quilómetros de linhas de caminhos-de-ferro.
O plano de infra-estruturas, uma das iniciativas que Obama deverá apresentar esta semana, foi imediatamente rejeitado pela oposição republicana, que está apostada em vencer as eleições de 2 de Novembro para a Câmara dos Representantes.
A taxa de desemprego nos Estados Unidos mantém-se em 9,6% e o Presidente tem estado sob pressão para criar mais postos de trabalho, numa altura em que a recuperação económica dá sinais de abrandamento.
Como se verifica, Barack Obama tem por base teórica para os seus planos, a economia keynesiana, para aliviar os efeitos da recessão, como já aconteceu durante as décadas de 1950 e 1960, em que o sucesso das ideias económicas de Keynes foi tão retumbante, que quase todos os governos capitalistas adoptaram as suas recomendações.
As suas ideias e as dos seus seguidores foram adoptadas por vários governos ocidentais e também por muitos governos do 3º mundo. Constituem, até hoje, a essência da política económica mantida nos Estados Escandinavos, cujas populações desfrutam dos melhores padrões de vida do mundo. A sua influência começou a diminuir a partir dos anos 70 com a ascensão dos monetaristas, provocada pela crise do dólar norte-americano de 1971, durante o governo Nixon, quando os EUA se viram obrigados a interromper a conversibilidade do dólar em ouro, mas ressurge depois de 1986 com a publicação do teorema de Greenwald-Stiglitz e o surgimento dos economistas novo-keynesianos.
Os nossos economistas, preferem seguir as teorias de Milton Friedman e outros economistas neoliberais, pessimistas em relação à capacidade do Estado de regular o ciclo económico com políticas fiscais e é o que dá.
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