O
vice-presidente da Comissão Europeia, Antonio Tajani, aconselhou no sábado os
países europeus a "fecharem a
porta" aos programas de austeridade e a concentrarem-se na promoção do
crescimento económico, afirmando que a Europa está a "chegar ao fim da crise" e que a prioridade deve ser "trabalhar mais a favor da economia
real".
"Os
sacrifícios sem crescimento económico são inúteis, causam danos",
afirmou, sublinhando ainda que é "impossível
reduzir a dívida pública" se não houver crescimento económico e falou
numa "reindustrialização"
da Europa, contando com as pequenas e médias empresas como as principais
impulsionadoras na criação de emprego.
Quanto à posição da Comissão Europeia em relação à Ucrânia, o político italiano disse que a Europa "não pode fechar a porta" à Rússia, apesar dos "erros" de Moscovo, pedindo prudência e uma solução diplomática. "A posição europeia não é a mesma que a dos Estados Unidos", alertou, tendo em conta a presença de muitas empresas europeias na Rússia e o facto de cerca de 30% do petróleo e gás consumidos na Europa serem provenientes desse país.
Independentemente de quem seja o próximo presidente da CE, este Sr. Comissário, que presenciou e aprovou a derrocada da estrutura económico-social dos países intervencionados, por imposição da austeridade, para obrigar os respetivos cidadãos a pagar dívidas de bancos e empresas, vem agora dizer o que o comum e “ignorante” dos mortais, bem como especialistas e políticos, nacionais e estrangeiros andam a dizer há muito e muito recentemente…
Das duas uma, ou os grandes credores já receberam o deles ou são mesmo incompetentes ou por uma razão e/ou ambas, querem penitenciar-se de tantos crimes cometidos a inocentes. Claro que temos de nos inclinar para a 1.ª hipótese, sem por de lado a 2.ª, porque a 3.ª não é sentimento e atitude desta gente vestida de negro e guarda-costas, mas não guarda-consciências…
E a prova da frieza desta “análise”, segue-se “análise” idêntica sobre as diferenças de posições/soluções para a situação na Ucrânia, que é bem diferente na UE e nos EUA, porque na Europa há consequências económicas e para os Estados Unidos não…
É a chamada realpolitik ou pragmatismo “ideológico”, que “manda os valores às urtigas” para não desiludir os especuladores do petróleo e do gás, perdoando os “pecados” mortais de Putin, sem lhe impor a penitência regeneradora…
Mais tarde, Antonio Tajani virá retratar-se da benevolência com a Rússia e pedir perdão aos ucranianos que servem de moeda de troca…
E a desobriga da Páscoa já vai longe…
Quem o(s) quilhasse!
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