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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Façam bem as contas e juntem a prova dos 9 (novos). Obrigado!

O ano passado aposentaram-se 20.330 funcionários públicos, o que representa menos 404 que no ano anterior e constitui o número mais baixo desde 2007.
A análise ao relatório e contas de 2013 da Caixa Geral de Aposentações (CGA) permitiu concluir que já se reformaram 64.681 trabalhadores do Estado desde 2011. Mais de metade (32.723) dos funcionários pertencia à administração central. A passagem à aposentação tem sido o principal instrumento de redução de trabalhadores no Estado, sobretudo ao número de aposentações atribuídas nos ministérios da Educação e da Saúde.
Depois de, em 2012, a CGA ter conseguido poupar 687 milhões de euros com as pensões da Função Pública, os gastos voltaram a disparar em 2013. Segundo o relatório e contas da CGA, no ano passado as pensões dos funcionários públicos custaram 8.700 milhões de euros, um aumento de 16,5% face a 2012, ou seja, mais 1.200 milhões de euros.
Cerca de metade dos aposentados e reformados da Caixa Geral de Aposentações (CGA) recebiam, no final de 2013, valores mensais até 1.000 euros, com o valor médio das pensões a situar-se nos 1.280,95 euros
Os dados constam do Relatório e Contas da CGA relativos ao ano passado, referem que do universo de 471.149 aposentados e reformados existentes no final de 2013, 231.167 (49,1%) não excediam os 1.000 euros.
Nos restantes escalões, verifica-se que 20,7% das pensões de aposentação e reforma atribuídas pela CGA apresentava valores mensais até 500 euros, enquanto as pensões entre os 1.000 e os 2.000 euros representavam 27,6% do total e 23,4% se situavam nos escalões superiores.
Em 2013, 52% das reformas atribuídas pela CGA foram antecipadas, apesar das penalizações.
Activo dos fundos geridos pela CGA valia 5.300 milhões.
Quando andam os amigos do governo e defensores da mesma política de austeridade (sempre aos mesmos) a dizerem, descarada e despudoradamente, que temos que ter um Estado (para os “mais desfavorecidos”) de acordo com as nossas possibilidades, era bom que os mesmos que defendem o rigor organizacional e de eficácia, se perguntassem e nos dessem resposta: quantos funcionários são precisos para a prestação dos serviços mínimos que o nosso Estado, democrático e de direito tem que disponibilizar?
Pelo que se vê, contabilizam-se os que saem, sem se saber se os que ficam  são suficientes…
Por outro lado, não se refere o número de desempregados que saíram dessa situação, graças às aposentações…
E vem-se apregoar que a despesa(?) com pensões da FP aumentou 16,5% em 2013, omitindo, propositadamente, que nem um cêntimo das reformas pode ser considerada DESPESA, pela simples razão de ser apenas o retorno dos descontos feitos durante 40 anos. Já chega de atirarem areia aos olhos dos que estão no ativo, que até se convencem que estão a descontar para os “grisalhos”. Já chega!
E mesmo que fosse verdade, que são os que estão no ativo a pagar aos reformados, tinha que se contabilizar o aumento dos descontos que o aumento dos novos empregados gera e reduzir a percentagem do “aumento da despesa”. Já chega de malabarismos e contabilidade de publicitários!
Mas há mais que se lhe diga sobre estas contas pouco rigorosas e desligadas nas suas relações e consequências:
1 - Se mais de metade dos aposentados ganhava menos de 1.000 euros, teremos que concluir que o valor global não foi astronómico, muito menos insuportável;
2 - Se 52% das reformas atribuídas pela CGA foram antecipadas e que sofreram uma redução de 15%, teremos que concluir que houve um roubo de 15% do património de cada reformado;
3 - Se o aumento das pensões foi de 1.200 milhões de euros e se os Fundos de pensões valorizaram 97 milhões, era correto fazer uma conta de subtração, apesar de não reduzir em muito a “despesa”;
4 - Se há fundos (da CGA) de 5.300 milhões, e se a (justa) convergência com a Segurança Social, deviam fazer constar a soma (convergente) dos 2 montantes;
5 - Se há aumento de emprego(?) convinha somar o volume dos descontos respetivos, para se desvalorizar os problemas de tesouraria…
Enfim, com estes números, a confusão é tanta e o rigor tão pouco, que não podemos pensar que as (boas) intenções do governo e estes (maus) resultados estão a defraudar as suas perspetivas e a impedir o aumento da austeridade e da pobreza, caso contrário já tinham enveredado por caminhos mais espinhosos, sempre para os mesmos…
O marketing e o eco que fazem destas trapaças é uma merda em que só os porcos chafurdam!

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