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domingo, 4 de maio de 2014

Se não foi a banca terão sido administradores a ajudar à missa?

Apesar de o Sr. Comendador se referir aos bancos portugueses, que não têm peso para gerarem uma crise do tamanho do mundo, não há ninguém bem informado nem nenhuma instituição internacional que negue as bolhas criadas pelos grandes bancos, que obrigaram muitos governos a por a mãozinha no bolso dos contribuintes, e á nossa escala o “BPN & Companhia”, que deram o pontapé-de-saída, fazendo vítimas nos inocentes “menos favorecidos"…
É caso para perguntar: se não foram certos bancos os responsáveis terão sido alguns administradores da banca que ajudaram à missa?
Complete-se a lista…
O fundador do BCP, Jardim Gonçalves, e dois ex-administradores do banco, Filipe Pinhal e António Rodrigues, foram hoje condenados a 2 anos de prisão, suspensa, por manipulação de mercado.
O tribunal aplicou ainda uma coima aos arguidos: Jardim Gonçalves terá de pagar 600.000 euros, enquanto o montante aplicado, quer a Filipe Pinhal, quer a António Rodrigues foi de 300.000 euros, que vão reverter para instituições de solidariedade.
Condenados pelo crime de manipulação do mercado, o ex-presidente e os ex-administradores do BCP foram absolvidos da acusação de falsificação de documentos. Ficam, contudo, inibidos de exercer atividades financeiras ao longo dos próximos 4 anos.
O Banco de Portugal (BdP) estará a pressionar a saída de Ricardo Salgado “como passo final da reestruturação” do grupo, depois de ter imposto mudanças profundas “que implicaram assumir prejuízos que não estavam registados nas contas e clarificar as relações entre sociedades da família Espírito Santo”.
Com novos testes de stresse aos bancos europeus neste verão e a supervisão do Banco Central Europeu a partir de outubro, o BdP estaria a deixar a “casa arrumada”.
Ricardo Salgado poderá manter-se na liderança dos negócios da família através do Espírito Santo Financial Group (ESFG), mas terá que deixar a presidência do BES antes do final do mandado, que só terminaria em 2015.
Um dos pontos agendados para a próxima assembleia-geral do banco, a 5 de maio, seria justamente a recondução da administração de Ricardo Salgado para um novo mandato de 6 anos, mas espera-se agora que a saída do banqueiro seja já referida e esteja concretizada em junho.
O BES, que escapou aos planos de reestruturação acordados com a Comissão Europeia, teve um prejuízo de 518 milhões de euros devido à reavaliação de ativos, enquanto o ESFG, que detém a maioria do capital do banco, teve um prejuízo de 864 milhões de euros no ano passado.

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