O Goldman Sachs recusou participar no aumento de capital de 2.500 milhões de euros que o espanhol Banco Popular está a realizar, por querer proteger-se e evitar potenciais perdas com a operação. Além do Popular, o Goldman ficou igualmente de fora da operação realizada pelo BES e pelo italiano UniCredit, tornando-se assim no único dos grandes bancos de investimento norte-americanos a não fazer parte das operações de levantamento de capital por parte dos bancos do Sul da Europa.
A garantir estas operações estiveram outros bancos de investimento norte-americanos, como o JPMorgan Chase, o Morgan Stanley, o Bank of America e o Citigroup.
O Goldman, que arrecadou 55% das receitas deste ano em vendas e através do trading, está a recusar encaixar dinheiro em comissões com estas operações de emissão de novas ações por poderem vir a sofrer uma queda dos títulos, tal como aconteceu este ano com a seguradora Fondiaria-SAI.
O chairman do Goldman Sachs, Gary D. Cohn, afirmou no mês passado que era "reduzida" a probabilidade de a zona euro permanecer intacta, ao mesmo tempo que os estrategas do banco estão a avisar os investidores a terem cuidado com as empresas que estão dependentes das economias do sul da Europa.
"O Goldman pode escolher ser seletivo e fazer escolhas estratégicas sobre as operações em que quer participar", salientou Christopher Wheeler, analista de banca do Mediobanca.
Muitos dos homens que fabricaram o desastre foram chamados para tomar as rédeas de postos chaves e com a missão de reparar, ao custo do bem estar da população, as consequências dos calotes que eles mesmos produziram.
O banco de investimentos Goldman Sachs conseguiu uma façanha pouco frequente na história política mundial: colocar os seus homens na direção dos governos europeus e do banco que rege os destinos das políticas económicas da União Europeia. Mario Draghi, o atual presidente do BC Europeu, Mario Monti, presidente do Conselho Italiano, Lukas Papademos, o novo primeiro ministro grego, todos pertencem à galáxia do Goldman Sachs.
Entrará para as páginas da história mundial da impunidade a figura destes personagens. Empregados por uma firma estadunidense, orquestraram um dos maiores calotes já conhecidos, cujas consequências hoje estão a ser pagas. Foram premiados com o timão da crise que eles produziram.
Carney, ex-quadro do banco de investimento Goldman Sachs, é o actual líder do Banco do Canadá, cargo que deixará para assumir, em 2013, a liderança do Banco de Inglaterra durante 5 anos.
Carney, de 47 anos, formou-se em 1988 em Economia, na Universidade de Harvard. Em Oxford fez o mestrado, em 1993, e o doutoramento, dois anos mais tarde.
Durante 13 anos trabalhou no Goldman Sachs – em Londres, Tóquio, Nova Iorque e Toronto – e só depois assumiu funções públicas no Canadá. Já antes de ser nomeado governador do Banco do Canadá – meses antes da queda do Lehman Brothers, nos EUA, em 2008 – passara pela instituição. Em Agosto de 2003, foi vice-governador do banco central, cargo que deixou no ano seguinte quando foi para o Governo como vice-ministro delegado das Finanças até regressar ao Banco do Canadá.
Já toda a gente sabe que parte dos direitos de autor desta “crise” pertence ao Goldman Sachs, com a impunidade que o poder político os ilibou. Assim, “descomprometido”, continua a fazer o que muito bem entende e seria paradoxal que se pensasse que estaria disposto a ajudar a quem prejudicou, permitindo-nos pensar que se não acreditamos que haja teorias da conspiração, que as há, há!
Mas já antes, quando lhe foi dada a oportunidade da “inocência”, logo avançaram com novas investidas, no campo político, colocando ex-funcionários em cargos governamentais na Europa, violando as regras democráticas, com o consentimento de políticos “pós-democráticos” (com tendências para a prepotência e abuso de poder), cuja lista não se confina aos que aqui se registam…
E a última manobra, não se sabe se do dito banco, se dos especuladores da City, se do governo britânico (a cumplicidade tem sido a regra), é a nomeação de um canadiano (que se vai naturalizar) para Governador do Banco de Inglaterra, por perceber da poda e ter uma rede de bons relacionamentos…
E de gajo em gajo, lá vai tentando governar o mundo, obrigando os governos a sacar aos seus concidadãos tudo o que “podem” e não devem (porque o povo não deve nada a ninguém), como demonstra a aprovação do OE2013 para Portugal, com as desculpas esfarrapadas de uns tantos parasitas, que nunca produziram um cêntimo (embora alguns acumulem funções públicas com interesses privados) e vão engordando com discursos balofos, enquanto o povo definha…
Começa-se a percecionar o aparecimento de uns tantos “nacionais-social-democratas”, o que não pressagia nada de bom, se o povo não acordar a tempo, acordando aos solavancos os hipnotizadores que chantageiam a nossa dignidade…
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