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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Quem nos avisa nosso “amigo” poderá ser…

Segundo um estudo da Universidade de Ciência e Tecnologia de Missouri, EUA, a forma como as pessoas usam a internet pode indicar se elas estão em maior risco de depressão ou não.
O estudo contou com entrevistas a 216 estudantes universitários, que indicaram se eles tinham sinais de depressão ou não. 30% demonstraram pelo menos critérios mínimos para o diagnóstico de depressão.
Em seguida, os pesquisadores observaram o uso da internet desses mesmos estudantes e descobriram que os mesmos 30% tinham um padrão de uso distinto dos seus colegas não depressivos.
Os sinais da depressão que podem ser vistos através da internet são:
  • Mudar de páginas e aplicativos frequentemente;
  • Uso significativamente maior de software de compartilhamento de arquivos;
  • Atividade frequente em plataformas de mensagens instantâneas ou e-mails.
O pesquisador Sriram Chellappan explica que esses sinais fazem sentido, porque a depressão muitas vezes é associada com distração e falta de atenção (que se relacionam ao primeiro sinal), e a condição é muitas vezes sentida como uma forte sensação de solidão (que se relaciona com os outros sinais, de necessidade de interação humana, que pode ser uma resposta natural de autopreservação).
Aplicações
O cientista quer utilizar este conhecimento para criar um software que detete sinais de depressão em usuários da internet. O software monitoraria o uso de um indivíduo e o alertaria sobre os indicativos de depressão. Também poderia ser usado em escolas, e outros ambientes, para alertar pais, professores e responsáveis do risco de depressão nas crianças e adolescentes.
O software seria uma ferramenta eficaz para que os usuários procurassem ajuda médica quanto antes, evitando que a doença se tornasse grave e prevenindo o suicídio.
Depressão e os seus fatores de risco
Outros estudos já relacionaram internet e depressão no passado. Por exemplo, as redes sociais, geralmente consideradas divertidas e positivas, se usadas em excesso podem ser prejudiciais. Um relatório da Academia Americana de Pediatria descreveu um novo fenómeno conhecido como “depressão do Facebook”, no qual crianças e adolescentes que gastam uma enorme quantidade de tempo em sites de redes sociais acabam por desenvolver sintomas de depressão.
A Compulsão pelo “Google” também já foi estudada. Cientistas da Universidade de Leeds mostraram que as pessoas que usam ferramentas de pesquisa frequentemente têm mais hipóteses de apresentarem sintomas de depressão. Alguns usuários desenvolvem um hábito compulsivo na internet, substituindo as suas relações “reais” com relações virtuais, o que pode ter um impacto sério na saúde mental.
E outros fatores de estilo de vida podem fazer diferença. Um estudo liderado por Almudena Sánchez-Villegas revelou que consumidores de fast food têm 51% mais hipóteses de desenvolver depressão. Quanto mais fast food se come, maior o risco de depressão. Trabalhar demais e ter enxaqueca (principalmente para as mulheres) também aumenta o risco de depressão.
E porque é tão importante evitar este risco? Porque estudos descobriram que a depressão aumenta as hipóteses de doenças cerebrais degenerativas, como a demência e o mal de Alzheimer. Como se não fosse mau demais ter depressão e sofrer as suas consequências, ainda pode ficar mais doente no futuro.
Fique atento e procure ajuda médica quanto antes! Pesquisadores das Universidades de Riverside e Duke, ambas nos Estados Unidos, sugerem mais um meio de combater a depressão, além de remédios: desenvolver gentileza e otimismo nas pessoas e produzir felicidade. Para isso, é só praticar pequenos atos de bom humor no dia-a-dia, como meditar, escrever as coisas boas que lhe aconteceram no seu dia e ser gentil com os outros. É fácil, não é?

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