(per)Seguidores

terça-feira, 22 de março de 2011

Qualquer gato pingado nos humilha. Levantemo-nos!

Domino-Effekt (Mana Neyestani)
Portugal deve cumprir os compromissos assumidos. Quem o diz é o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, que não quis estender-se em comentários ao possível chumbo do PEC 4 no Parlamento português esta semana, para não interferir naquilo que considera ser “um debate interno”, mas mesmo assim, deixou um recado: “É claro que há compromissos assumidos por Portugal e não podemos afastar-nos de compromissos assumidos”, limitou-se a dizer.
Para Juncker, as medidas do PEC 4, que o Governo apresentou em Bruxelas no último encontro de líderes (dia 11 de Março), foram “tomadas e anunciadas pelo Governo português e endossadas pela Comissão Europeia e Banco Central Europeu”.
Esta segunda-feira os ministros das Finanças da Zona Euro estão reunidos para definir “questões técnicas” da reforma do fundo de resgate europeu e a reforma do mecanismo será definitivamente aprovada na cimeira europeia que decorre esta quinta e sexta-feira em Bruxelas.
Antes do presidente do Eurogrupo já a ministra das Finanças espanhola tinha feito pressão para a aprovação das novas medidas de austeridade nacionais, considerando que isso seria benéfico para a moeda única.
O Sr. Juncker, disse que não queria fazer comentários ao possível chumbo do PEC 4 para não interferir no que considera ser um debate interno e tem razão, porque somos um país soberano, com mecanismos constitucionais e não precisamos de luxemburgueses, ou europeus de outras nacionalidades, que venham dizer que: “Portugal deve cumprir os compromissos assumidos!” Mas afinal está a meter-se onde não é chamado, com a agravante de pensar que Portugal é a Líbia e o nosso PM o Kadafhi. E o Parlamento? E o PR? E os cidadãos? Então o homem e os restantes líderes não sabiam que o PEC 4 apresentado pelo nosso PM era da sua autoria e responsabilidade pessoal?
Quando o Sr. Junker e os restantes líderes forem eleitos diretamente por todos os cidadãos europeus, a coisa será diferente, mas antes aprove-se uma Constituição europeia, federalizemo-nos e vamos a votos…
Parece que amanhã o atual PM se vai despedir da ribalta (tenho muitas dúvidas) e entretanto o eventualmente próximo PM vem defender um novo Governo de maioria alargada, com o apoio dos partidos políticos e dos parceiros sociais (só se venderem disto nas lojas chinesas), para aumentar a legitimidade política para impor um programa mais duro, com mais medidas de austeridade. Fónix!!!! Assim vão só mudar as moscas (e moscas são moscas), mas com mais m****!!! Entretanto, em paralelo com a Cimeira, PPC vai reunir com a Sra. Merkel, que para além de ser a nossa D. B(r)anca, é a sua chefe na família política a que pertence o PSd. Que grande embrulhada…
Por outro lado, a ministra das Finanças espanhola (outra coitada a meter-se onde é chamada) gostava que as novas medidas de austeridade impostas aos portugueses fossem aprovadas, para benefício da moeda única. E na Espanha, a Sra. defendeu a moeda, ou está a defender os bancos? E os cérebros europeus não estão a trabalhar para benefício dos cidadãos europeus? Não adianta salvar o Euro, se ficarmos de bolsos vazios deles….
Quando a vénia é grande, o sinal de fraqueza é maior e até os nossos vizinhos, tão, ou mais esfarrapados em dívidas do que nós, mandam bitaites para ver se se safam, mas mais para ver se nos afundamos. O pior é que o dominó é imparável e cairemos uns atrás dos outros…

2 comentários:

  1. Caro Miguel
    Eu cá por mim não confio em ninguém. Todos juntos não fazem um.E também não acredito que o falso engenheiro se vá embora.
    É uma porra de País!

    ResponderEliminar
  2. maria
    Eu é que já não dou aval a nenhum político de terceira, que sabe tanto de economia do que eu, ou de qualquer dona de casa.
    Se devemos dinheiro (eu não devo um tostão) e não podemos pagar em 2 anos, pagamos em 10, ou não pagamos. Temos a sorte de devermos a vários países e por sua vez esses países deverem a outros. Quando isto cair, caem todos e acaba esta pseudo democracia, em que quem manda são os credores, com a Sra. Merkel a fazer o jogo. Entretanto, se sairmos dos euro, diminui-lhes o mercado e vão vender submarinos aos turcos...

    ResponderEliminar