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segunda-feira, 21 de março de 2011

De quem é a culpa? Da Líbia, do Bahrain e da Síria!

O mapa do tesouro
A gasolina será o primeiro combustível a aliviar do preço máximo registado em Portugal, na sequência da crise da Líbia. Esta semana, o preço deverá descer dois cêntimos por litro, refletindo a baixa verificada na semana passada das cotações médias internacionais, adiantou fonte do setor petrolífero.
Já o gasóleo deverá ficar na mesma. É que na semana passada, por causa da pressão da paralisação dos transportadores, as petrolíferas evitaram aumentar o preço do diesel.
Esta evolução reflete uma descida nas cotações do petróleo, o Brent baixou para os 114 dólares por barril na sexta feira, que se verificou na semana passada em grande medida devido à redução da procura por parte do Japão, na sequência dos efeitos do sismo e tsunami.
No entanto, os analistas avisam que esta situação não se deve manter esta semana. Especialistas admitem que as cotações do petróleo voltem a valorizar para níveis recorde desta semana, depois da intervenção militar internacional na Líbia.
O agravamento dos protestos no Bahrain e Síria também deverá contribuir para a alta dos preços do crude.
Como se percebe por esta notícia, pelas campanhas “esclarecedoras”, cada vez que há aumentos e que ninguém entende, há um SETOR PETROLÍFERO, autónomo, perfeitamente desregulado, fora do controlo dos Estados (por omissão), que até responde com aumentos no dia seguinte, quando há contestação forte dos aumentos dos preços dos combustíveis.
Repare-se nestes argumentos:
1 - Na sequência da crise da Líbia, o preço da gasolina vai baixar,2 - Mas, especialistas admitem que as cotações do petróleo voltem a valorizar para níveis recorde, depois da intervenção militar internacional na Líbia;3 - Os protestos no Bahrain e na Síria também deverá contribuir para a alta dos preços do crude;
Para quem não entendeu, pode-se concluir que, morrendo gente na Líbia, por ordem de Kadafhi ou da ONU, a gasolina desce/sobe, ou talvez fique ao mesmo preço…
E havendo manifestações no Bahrain, na Síria, ou em qualquer país produtor de petróleo, a gasolina desce/sobe, ou talvez fique ao mesmo preço…
Donde se conclui que, se estes países forem democratizados e liberalizadas as manifestações, estamos tramados… E tivemos sorte com o tsunami do Japão (desculpem o humor negro)!
No entanto o gasóleo vai ficar ao mesmo preço, porque na semana passada, por causa da pressão da paralisação dos transportadores, as petrolíferas evitaram aumentar o preço do diesel. E estas mesmas razões não serviram para evitar aumentar o preço da gasolina? Está difícil entender estes raciocínios, ou somo nós que estamos a atingir um crescente e preocupante nível de iliteracia?
E já agora, não será o SETOR que paga aos manifestantes árabes para fazerem as manifestações? Ou fornecerão o combustível para os aviões?
Coitados dos Líbios, que ficam com um trilema: ou contestam num dia o Kadafhi, ou apoiam no dia seguinte o Kadafhi, ou marimbam-se no Kadafhi e ganham algum das empresas petrolíferas… mas sempre pobres.

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