Foto de Rita Rocha Photography , da manif de 12 de Março, no Porto |
O prelado considerou que “o sujeito da crise e o sujeito da resolução da crise é Portugal, somos todos nós, não apenas os políticos” e preconizou que os responsáveis políticos “devem ter muito presente” essa perspectiva.
“Ou nós sentimos que isto é com todos e cada um faz o que lhe compete, e os políticos fazem também aquilo que nós lhes incumbimos que façam, ou então se ficamos à espera que venha alguma salvação do grupo A, do grupo B, do político A, do político B, nunca resolveremos o problema”, observou.
Referindo-se às concentrações da “Geração à Rasca” e à manifestação do sector laboral, realizadas recentemente, o prelado afirmou que “são, antes de mais, para respeitar muito” e “levar a sério”.
Para o bispo do Porto, não se pode “relativizar” o que fizeram jovens “que vêem o seu futuro com uma grande interrogação” e as posições de “muita e muita gente que pôs problemas que são reais”.
Ainda assim, Manuel Clemente sublinhou que a esperança “nunca morre”, mas precisa de ser alimentada “com o respeito por aquilo que são as aspirações legítimas das pessoas, as suas ansiedades e das suas necessidades”.
A Caritas quintuplicou no último ano o seu apoio na área da Diocese do Porto, revelou ainda o bispo Manuel Clemente e disse “Nem consigo imaginar, nem quero, o que seria a sociedade sem a resposta [social] que a Igreja Católica lhe dá”.
Lendo esta entrevista e tendo ouvido todo o debate sobre o PEC 4, não me ficam dúvidas sobre a seriedade deste diagnóstico e desta terapia, que não pode ser omitida, para que a consciência social seja a base da atuação política, mesmo no momento que vivemos, ou sobretudo, neste momento.
Na AR, houve politiquice, ausência do social e um filme a rever…
Foto de Rita Rocha Photography , da manif de 12 de Março, no Porto
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