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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Um mosaico de coisas “menos más” com “muito más”

A Portugal Telecom (PT) apresenta hoje, na Covilhã, a instalação nesta cidade daquele que será um dos maiores “data centers” da Europa.
O novo projecto deverá criar 500 postos de trabalho directos e indirectos, terá 45.000 m2 e insere-se na aposta crescente da operadora na área do armazenamento remoto de dados.
Apesar de, quem ganhará será a PT, aparece uma acção desta empresa que dá qualquer coisinha ao povo, com a criação dos 500 empregos. Não se agradece, mas regista-se.
“A CGD marca o início do Ano Europeu do Voluntariado, que começa hoje no Fórum Picoas, com a promessa de tudo fazer para que em 2011 os seus 11 mil funcionários dediquem 20 mil horas do seu tempo ao voluntariado. Até ao momento, a Caixa Geral de Depósitos investiu no voluntariado meio milhão de euros”, revelou em comunicado o banco público.
O Voluntariado Empresarial começa a emergir na sociedade portuguesa, mais nas grandes empresas, e sem lhes tirar o mérito, podem ajudar a sublimar a visão e a prática fria que têm tido no que respeita à responsabilidade social das empresas. E como aumentam os lucros, pagando menos impostos, não se agradece, mas regista-se.
Os contribuintes sem filhos e com rendimentos superiores a 4.000 € brutos por mês vão passar a reter mais IRS, que rondará, em média, 1% dos vencimentos. Sendo que, nos casos em que os contribuintes ganham mais de 20.000 € por mês, a taxa de retenção poderá mesmo chegar aos 38%.
Também os pensionistas com pensões superiores a 2.000 € vão passar a descontar mais, com as actualizações a atingirem, nestes casos, os 2%.
Em contrapartida e porque nem tudo é bom, cá vêm mais saques seletivos a quem trabalha, ou trabalhou (descontando durante décadas), para ajudar a pagar a filantropia da Banca e das grandes Empresas.
Os preços dos alimentos a nível mundial voltaram a aumentar e atingiram um novo recorde em Janeiro. Uma situação que para o ministro da Agricultura é "o maior problema que a sociedade enfrenta".
"Por um lado, resulta do aumento da procura com a população mundial com melhor poder de compra a adquirir produtos que antes não comprava e com isso a criar uma enorme pressão", sustentou o Ministro, e "por outro lado, associam-se a este problema os movimentos financeiros a actuar nos mercados".
Já o presidente da Associação de Produtores de Cereais, considera que os preços chegaram a estes níveis devido ao descuido dos governos dos vários países para com os bens alimentares.
"Nos países desenvolvidos deixou de ser chique preocupar-se com a produção agrícola e os bens alimentares são dados como adquiridos, no entanto é fundamental que se invista na produção agrícola", afirmou, acrescentando que os aumentos dos preços vêm a ser sentidos desde Agosto passado.
E ainda há quem se escandalize quando alguém se refere aos especuladores com sentido pejorativo, sabendo que são capazes de brincarem (na Bolsa) com o pão-nosso-de-cada-dia, que faz falta a quem precisa todos os dias de pão.
Tão bonzinhos os especuladores…

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