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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Boas intenções, mas que ardem no desmatamento

O 9º Fórum das Nações Unidas sobre os Bosques entra hoje na sua reta final com ênfase na forte relação existente entre esse vital espaço da natureza e a erradicação da pobreza, no início do Ano Internacional dos Bosques (2011), proclamado pela Assembleia Geral da ONU.
Num relatório do secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, dedicado ao papel da floresta como elemento chave da luta contra a pobreza, numa primeira definição, esse texto adverte que ser pobre "é algo mais que não ter rendimentos suficientes", pois abarca aspectos como o estado de saúde, o nível de educação, a segurança, o respeito da justiça, os direitos humanos e a igualdade. E acrescenta que em muitas zonas rurais a pobreza é consequência do esgotamento dos recursos naturais devido uma maior erosão do solo, uma menor fertilidade das terras, ao desmatamento generalizado e à redução das reservas de água.
"Os bosques contribuem diretamente para o objetivo de reduzir a pobreza e a fome ao proporcionar às famílias pobres rendimentos, postos de trabalho e bens de consumo", afirma. Atualmente, quase 1/4 dos pobres do mundo depende dos bosques para subsistir.
O texto propõe adotar medidas como a reforma das normas legais em matéria da posse de terras, a prestação de serviços financeiros para atividades florestais e a revisão da legislação que marginaliza os pobres nessa terra.
Segundo dados da ONU, esse meio natural abarca 31% da superfície da Terra, isto é, uns 4.000.000.000 de hectares, dos quais em cada ano desaparecem cerca de 13.000.000 de hectares.
Sobre o tema POBREZA recebo diariamente dezenas de notícias e confesso que continuar a falar da pobreza já cansa e até dói, sobretudo porque só se fala e quase nada se faz, mas como talvez seja uma tática para ver se nos calamos, continuo, quando aparece qualquer solução que ajude, ou possa ajudar.
No caso, os bosques são mais um instrumento disponível, enquanto dura, porque o chamado desmatamento (que é superior ao que consta destes estudos) é feito por quem tem poder, ou o poder por trás para esconder os (f)atos, quando apanhados os torne imunes à justiça e a prepotência perdure até à última árvore.
Estas boas intenções do secretário geral da ONU, se não forem entranhadas pelo governos dos países com bosques e capacidade de fiscalização, é pura retórica, mas, para que conste…
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2 comentários:

  1. Vou preparar-me "agora" para trabalhar este texto...
    Gosto disto"Num relatório do secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, dedicado ao papel da floresta como elemento chave da luta contra a pobreza, numa primeira definição, esse texto adverte que ser pobre "é algo mais que não ter rendimentos suficientes", pois abarca aspectos como o estado de saúde, o nível de educação, a segurança, o respeito da justiça, os direitos humanos e a igualdade. E acrescenta que em muitas zonas rurais a pobreza é consequência do esgotamento dos recursos naturais devido uma maior erosão do solo, uma menor fertilidade das terras, ao desmatamento generalizado e à redução das reservas de água."

    ;))

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  2. Ibel
    E falta a pobreza de espírito dos governantes mundiais, que permitem e incentivam a criação destas condições...

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