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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Para piorar o Ensino, ou explorar os Professores?

A Federação Nacional dos Professores vai colocar na próxima semana à porta de cada escola uma faixa a alertar os pais para as consequências da eliminação de mais de 30.000 empregos docentes em Setembro.
"Governo quer despedir muitos professores. Mas eles fazem falta aos seus filhos nesta escola!", é a inscrição a colocar à entrada dos estabelecimentos de ensino, enquanto "Escolas: Extinção de mais 30.000 horários ameaça emprego dos professores e põe em causa a qualidade educativa" poderá ler-se em faixas a espalhar pelo país.
"No que respeita aos salários, iniciou-se já o roubo mensal que, a não ser suspenso, retirará aos professores, em 2011, quase 160.000.000 €. Relativamente ao emprego, o Governo prepara medidas que, em Setembro, eliminarão entre 30.000 e 40.000 horários de trabalho que correspondem a outros tantos empregos docentes", afirma a federação sindical, em comunicado.
A Fenprof sublinha que a "brutal onda de desemprego que se abaterá sobre os professores" terá consequências "muito graves no trabalho das escolas e um impacto extremamente nefasto na qualidade educativa".
Faz uma certa impressão que, dizendo o Governo, à boca cheia) aposta na Educação e gabando-se de resultados imediatos de medidas por ele tomadas, venha alterar substancialmente as condições que geraram esse “sucesso”, resultado da aposta.
Como em todas as decisões que a crise “obrigou” o Governo a tomar, a racionalidade não é parceira nas premissas que constroem as “soluções”. No caso da Educação, ou se vai diminuir a qualidade (que tanta gente contesta, porque sim) do ensino, ou se vai obrigar menos gente a fazer mais pelo mesmo preço. Lógico. Mas isto é economicismo, nem é Educação, nem perspectiva Social, quer do serviço, quer dos servidores. E ainda há uns iluminados que dizem que isto é Socialismo e daí…
Se for para piorar o Ensino, que se calem e não falem mais de Educação.
Se for para explorar professores (rasgando contratos de décadas) e atirar milhares para o desemprego, não lavem as mãos…

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