O ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão instou hoje o Governo do Egito a resolver de forma pacífica a agitação política em curso neste país.
Protestos contra o Governo começaram no Egito a 25 de janeiro, com dezenas de milhares de pessoas a reivindicar a demissão do Presidente Hosni Mubarak, no cargo há três décadas.
Se a razão dos protestos tem a ver com o tempo em que um dirigente está no poder, em Portugal teríamos que “expulsar” muitos autarcas pelo mesmo motivo…
O vídeo mais visto no You Tube sobre a revolução no Egito
Depois das manifestações de revolta na Tunísia e da onda de contestação no Egipto, os protestos chegaram este sábado à Jordânia.
Cerca de 200 pessoas cercaram o gabinete do primeiro-ministro, pedindo a sua demissão. Gritos de revolta e cartazes alimentaram os protestos, onde os jordanos contestavam pela situação de pobreza e corrupção no país: “O nosso governo é uma cambada de ladrões” e “Não à pobreza e à fome”.
Por estes motivos, quase todos os Estados europeus teriam mais razões para os mesmos protestos. E na Jordânia foram só 200, enquanto em 2008, em Portugal, houve 3 manifestações de professores, uma com 100.000, outra com 120.00 e outra com 80.000, que nem resultaram na demissão da Ministra da Educação.
Critérios jornalísticos.
O ministro argelino do Interior afirmou, que nenhuma manifestação será autorizada pelas autoridades.
No passado dia 22 a Polícia impediu uma marcha do RCD (Agrupamento para a Cultura e a Democracia), da oposição.
"Se um partido da Aliança [presidencial] entender amanhã realizar uma manifestação em Argel, eu posso afirmar como ministro do Interior que será proibido", acrescentou.
Antes que o rastilho chegue à bomba, é preciso cortar o rastilho…
Tem-se registado um crescente e contínuo fluxo de notícias sobre as manifestações nos países árabes do norte de África, cujas justificações são muito superficiais e com uma euforia, quer dos jornalistas, quer dos políticos ocidentais e democráticos, que nos deve deixar alguma desconfiança, já que alguns dos motivos temos nós no ocidente, mas sobretudo porque nada nos garante, antes pelo contrário, que estes países se tornarão democratas de repente, ocidentalizados e integrantes da política do Mercado.
Já nos chega o caso do Irão e em certa medida o do Iraque, para nos inclinarmos para um corte com o ocidente e uma radicalização político-religiosa, que acabará com a laicização destes Estados.
Razão tem o Japão, ao chamar a atenção para a urgência de soluções pacíficas e eles lá sabem por que.
Em contraste, os nossos media continuam a silenciar o que se passa nos países da UE, onde as políticas do Fundo Europeu e do FMI fizeram estragos e queremos pensar que não é para desviar a nossa atenção.
É melhor guardarmos os foguetes e esperarmos que o feitiço não se vire contra os feiticeiros…
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