"Isto está mal e vai continuar, já é uma sorte eu estagiar." Este é um dos versos da canção “Parva que Sou”, tema novo dos Deolinda que se tornou um êxito depois de o grupo o estrear nos 4 concertos dos coliseus de Lisboa e Porto, em Janeiro. O sucesso replicou-se nas redes sociais e a banda decidiu agora disponibilizá-lo no MySpace ou no seu site oficial.
Além de apontarem o dedo ao trabalho precário e alertarem para a "geração sem remuneração", os Deolinda falam da crise e avisam que "isto está mal e vai continuar".
O grupo de Ana Bacalhau (voz), Pedro da Silva Martins (compositor e guitarra), Luís José Martins (guitarra clássica) e José Pedro Leitão (contrabaixo) diz-se surpreendido com a "reacção tão intensa e espontânea" do público. "Mais felizes ainda ficamos, enquanto músicos, ao constatar que a música continua a ter este papel na sociedade", acrescentam os Deolinda.
QUE PARVA QUE EU SOU!
Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar,
já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração 'casinha dos pais',
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou!
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou!
Filhos, marido, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar,
Que parva que eu sou!
e ainda me falta o carro pagar,
Que parva que eu sou!
E fico a pensar
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração 'vou queixar-me pra quê?'
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração 'eu já não posso mais!'
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
Depois dos posts anteriores e outros tantos já publicados e outros tantos omitidos, fica a esperança de que o Jasmim vá crescendo por aqui, porque não somos parvos...
Ainda há pouco vinha a ouvir isto no carro. Está tudo dito nesta letra e a música é muito gira.
ResponderEliminarIbel
ResponderEliminarEstá mesmo tudo dito... fiquei sem palavras.
Bfs