Défice do SNS cresceu quase 100 ME em três meses
O défice do SNS aumentou quase 100 milhões de euros em apenas três meses, apesar de todas as medidas de contenção.
Segundo dados divulgados pela Administração Central do Sistema de Saúde, no final de Setembro o saldo negativo do SNS era de 200,2 milhões de euros, quando em Junho o valor do défice era de 101,6 milhões.
Para a derrapagem contribuiu o aumento de 8% da despesa, em parte com o crescimento acentuado dos gastos com os medicamentos vendidos em farmácias.
Também o défice dos hospitais com gestão empresarial continuou a agravar-se no terceiro trimestre deste ano.
As medidas do Governo para evitar a saída de médicos do SNS falharam e, consequentemente, motivaram o aumento de pedidos de reforma antecipada, de acordo com o Sindicato Independente dos Médicos. “Não conhecemos medicina de saldo”, criticou o organismo.
O próprio responsável já pediu a sua reforma antecipada, devido à “degradação das condições de funcionamento” do SNS, que começa a “ficar em causa”.
O Ministério da Saúde assegurou hoje que “não há qualquer risco de saída” no próximo ano de enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde (SNS) por caducidade dos contratos ou do regime de mobilidade desde que os serviços onde trabalham queiram mantê-los.
BE pouco surpreendido com aumento do défice do SNS
O bloquista João Semedo disse que encarou este aumento “sem surpresa”, até porque “não há financiamento suficiente no SNS”, logo “é normal que o défice se acumule”.
“O Governo tem muitas zonas de desperdício, nomeadamente nos medicamentos, nas Parcerias Público-Privadas, na contratação de empresas para substituir médicos dos quadros dos hospitais”, diagnosticou, acrescentando que para 2011 estão “previstos cortes de 15% nos principais hospitais”.
Para o bloquista, “a alternativa que hoje se põe nos hospitais é deixar de ver doentes ou acumular a dívida”. “Numa situação em que o Governo se recusa a financiar mais os hospitais, porque o Orçamento do Estado assim o determina, é de esperar que esse défice ainda venha a ser maior”, frisou.
As notícias sobre a Saúde e sobretudo sobre o SNS estão a sair com uma frequência estonteante, o que significa que vem aí vendaval.
Sobre as despesas, afinal parece que o buraco não é tão grande como anunciaram, embora os números de referência sejam sempre diferentes de dia para dia, de jornal para jornal.
Mas, sem Médicos e sem Enfermeiros, estarão criadas as condições para se dizer que “é inevitável”, “é a realidade que temos” e “não há milagres”!
Será então a vez de os Privados tomarem conta do negócio, provavelmente com os mesmos Administradores das PPP, que não dão conta do recado, mas que entretanto vão fazer umas acções de formação acelerada e pronto!
Ainda bem que os cangalheiros são Privados, porque assim a concertação com os hospitais é mais fácil e o enterro já fará parte de “tratamento”…
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