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sábado, 25 de dezembro de 2010

Em 2008 éramos! E agora? Estatísticas para que?

Dados finais do INE mostram que a diferença de rendimentos entre ricos e pobres continua a reduzir-se, mas ainda é de 6 vezes.
"Estima-se que em 2008 o rendimento monetário líquido equivalente de 20% da população com maior rendimento tenha sido 6 vezes superior ao rendimento de 20% da população com menor rendimento", diz o INE no Anuário Estatístico de Portugal.
E apesar das desigualdades se terem atenuado face aos resultados referentes a anos anteriores - (em 2005 o índice foi de 6,7 e em 2003 situara-se em 7) - o indicador continua a reflectir uma situação de maior desigualdade relativamente à média europeia, onde o rácio é de 4,8.
Segundo os mesmos dados, o risco de pobreza atingia em 2008 17,9% da população portuguesa, um valor ligeiramente inferior aos 18,5% registados no ano precedente. O número está no entanto ‘mascarado' pelas transferências sociais, sem as quais o risco de pobreza seria de 24%.
A vantagem dos estudos estatísticos como este é que contam para a história, dado que estão referenciados a 2008, o que nos deixa saudade.
Se servem para avaliar e rectificar o caminho, estamos feitos, porque o presente nem é fruto do passado e não pode ser base para o futuro.
A população residente em Portugal aumentou em 10.463 habitantes no ano passado, ascendendo a 10.637.713 indivíduos, o que traduz uma taxa anual de crescimento de 0,1%, segundo o Anuário Estatístico do INE.
“Este aumento foi totalmente determinado pelo comportamento do saldo migratório, que apresentou um crescimento mais intenso do que no ano precedente, interrompendo o perfil descendente registado desde 2003”, assinala o INE.
A taxa de crescimento natural – óbitos menos nascimentos - foi negativa. A média das taxas de crescimento da população entre 1990 e 2009 foi de 0,3%, que resultou dos contributos do saldo migratório em 0,23% e da taxa natural em 0,06%.
O peso da população idosa mantém a tendência crescente, em consequência das tendências de diminuição da fecundidade e de aumento da longevidade.
A taxa de fecundidade geral reduziu-se em 1,7 p.p. face a 2008.
O índice de longevidade foi de 46,8.
Aqui já se vai até 2009, se calhar para calcularem a Taxa de Sustentabilidade, que é o mesmo que procurar uma justificação tola para sacarem algum aos reformados, só por haver mais idosos, o que dá mais vigor durante mais tempo…
Mais gente para maior taxa de desemprego…
A população activa em Portugal diminuiu em cerca de 42 mil indivíduos (-0,8%) no ano passado, contrariando a tendência de aumento verificada ao longo dos dez anos terminados em 2008, indica o INE.
O emprego diminuiu no ano passado, a uma taxa de -2,8%, contrariando a tendência dos cinco anos anteriores.
No emprego assalariado a maior redução verificou-se nos contratos a termo que apresentaram uma quebra de -1,3%.
Inversamente, em 2009 a contracção do emprego mais do que anulou a criação de emprego registada entre 2004 e 2008.
Mais gente, menos a trabalhar, igual a mais desemprego.
Tudo em 2009. E em 2010? E em 2011?
Bolas, tanto trabalho para nada!

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