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sábado, 29 de março de 2014

Da opinião pública e publicada…

Para além da pobreza
Para este Executivo, também "democrata-cristão", a fome instalada no país deveria fazê-los corar de vergonha. Os desempregados caídos na desgraçada pobreza crescem.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) diz que em 2012 houve mais 40% de portugueses atirados para a precariedade e miséria. É a taxa mais alta desde 2005. Não admira, pois mais de 50% dos sem trabalho não recebem quaisquer subsídios. Porquê? São 425.000 sem prestações sociais (números oficiais, não reais...). O Eurostat avalia em mais de 2.000.000 de compatriotas em pobreza e exclusão social, com a taxa a subir para cerca de 25% relativa a 2012, acima da média europeia.
Desde 2005, o INE estima que em 2012 o risco de pobreza atingiu o valor mais alto e a desigualdade entre ricos e pobres voltou a agravar-se, denunciando a assimetria na distribuição dos rendimentos.
Em 2011 e 2012, o rendimento dos portugueses foi cortado em 2% e os funcionários e pensionistas do Estado a quem lhes roubaram os subsídios de férias e de Natal, perderam 2 salários por ano.
A maioria da população está empobrecida e vai empobrecer mais; a sopa dos pobres e a caridadezinha oficializou-se; o desemprego e a precariedade são infecções galopantes; os ricos riquíssimos cujas fortunas representam 16.700 milhões de euros distribuídos por 25 famílias! Entrementes, desde Passos Coelho até Maria Albuquerque afirmam: “Estamos melhor que há 2 anos”, com a bênção de Cavaco. Esta estratégia do embuste atinge a imoralidade, enquanto o Povo come pão com dentes...
Vítor Colaço Santos, S. João das Lampas
Portugal, a pobreza e o meu vómito incoercível
Vou confessar que após ter lido a notícia do PÚBLICO de (25/3) dissecando o relatório do INE sobre a pobreza, ainda me mantive "racional", mas ao assistir, ao debate sobre o assunto na Assembleia da República não contive este ímpeto dum "vómito incoercível" que me trouxe ao computador. E foi aquele metafórico, senão teria mesmo era de correr para a sanita...
Parece impossível que o ministro Mota Soares, democrata-cristão por suposição e funâmbulo na realidade, venha rebater toda a evidência que o dito relatório denuncia e, atendo-se ao "Índice de Ginni" (I.G.) e a meia dúzia de atabalhoadas "artes circenses", para se manter à tona duma política destruidora e rapace, tentando salvar a "alma" dum governo desalmado!
Realmente a Luís Montenegro, no congresso do PSD, fugiu-lhe a boca para a verdade ao dizer "o país está melhor, as pessoas é que não". E agora, já basta um único índice estatístico (I.G.) para "dizer-se que se tem razão". Mesmo que este no fundo só venha dizer aquilo que todos nós sabemos e era o escopo deste governo: a nivelação da classe média por baixo com a subsequente destruição económica e, mais do que isso, social e política. Diz M.S. que não tocaram nos "mais pobres dos pobres" e também mal fora! Mas... deixaram os "mais ricos dos ricos" abalarem por ali acima! "Abençoado" Índice de Ginni que tão bem lhes serve para justificar todo o mal que fizeram e continuam a fazer aos portugueses! Ao escrever, melhorei, mas ainda mantenho a náusea premonitória do vómito...
E para ajudar à missa:
Leitor revoltado com sugestão de Teodora Cardoso de taxar levantamentos bancários onde são depositados salários e pensões.
Já não bastava o Passos Coelho, o Paulo Portas, o Vítor Gaspar, a Maria Luís Albuquerque a dar "porrada" nos velhos, aparece agora a "velha" Teodora Cardoso a "malhar" nos mesmos!
Já o disse aqui mas volto a repetir: Tenho 74 anos, sou velho, ao longo da minha vida, profissional e reformado, sofri austeridades quando tinha 30, 40, 50 ou mesmo 60 anos e nunca pensei que alguém como este atual Governo de Portugal me fosse espoliar, roubar o meu "direito honorário" conseguido com muito sacrifício e comportamento exemplar!
Agora, por via de outro espólio a que chamam "contribuição extraordinária de solidariedade-CES", pretendem enganar a opinião pública dizendo que é um complemento solidário, quando afinal é para "ajudar" a pagar os altos vencimentos deste Governo e dos seus comparsas!
José Casimiro Nunes Trindade

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