Na Alemanha
a idade baixou dos 65 para os 63 anos
Em Portugal aumentou dos 65 para os 66 anos
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Portugal é um dos países da União Europeia em que a idade da reforma aumenta mais depressa, de acordo com os dados da Comissão Europeia. Foi aprovado no início deste ano o aumento da idade da reforma dos trabalhadores portugueses para 66 anos.
Ainda que a situação se mantenha no próximo ano, a partir de 2016 voltará a haver um aumento gradual da idade a partir da qual os funcionários se podem aposentar, numa média de um mês por ano. Isto em conformidade com o aumento da esperança média de vida.
Os dados revelam que Portugal é um dos países onde a idade da reforma sobe mais depressa, perspetivando-se que chegue aos 67 anos em 2029. Algo semelhante acontecerá apenas numa minoria dos países europeus, como Espanha, Grécia, Itália e Holanda.
Desengane-se quem acredita que Portugal é dos poucos países que decidiu aumentar a idade de reforma. De acordo com dados da Comissão Europeia, "24 dos 28 Estados-Membros (todos exceto Bélgica, Luxemburgo, Finlândia e Suécia)" ou já alteraram ou estão prestes a alterar a legislação no que ao aumento da idade de reforma diz respeito, um assunto que desagrada às populações, mas que tem tido um espaço importante na discussão pública de todos os países da UE.
Recorde-se que em 2010, as despesas com pensões representavam 12,5% do PIB, o que fazia de Portugal o 5.º país da União Europeia com o valor mais elevado.
O líder da bancada do PSD, Luís Montenegro, garantiu que não haverá mais cortes nos salários e nas pensões. "Quero deixar aqui de uma forma clara. Vamos todos jogar limpo. Não é verdade que venham aí mais cortes de salários e pensões, mais cortes de rendimentos", afirmou no encerramento das jornadas parlamentares do PSD.
Montenegro quis deixar claro de que os cortes na despesa do Estado para o próximo ano não vão sobrecarregar os salários e pensões já reduzidos - temporariamente, segundo o governo -, mas é certo que os vencimentos na função pública podem vir a ser reduzidos quando for aplicada a tabela salarial única. Nesse ajustamento, os sociais-democratas acreditam que há funcionários que podem perder rendimento e outros que podem ganhar, tendo em conta a disparidade de salários para a mesma categoria.
Contrariando todas as soluções propostas por várias pessoas de vários setores e formação política, empresarial e social para o aumento da produtividade e da competitividade, como remédio para sairmos deste marasmo, o “pragmatismo” financeirista do executivo, tem ido pelo aumento galopante da idade da reforma, o que resulta, naturalmente, na redução da produtividade e da competitividade, para além de fechar as portas aos desempregados jovens, que vão vivendo à custa dos “grisalhos”…
Nesta questão, o argumento de autoridade para nos convencerem da “racionalidade” deste absurdo, é a aplicação do mesmo princípio na maioria dos Estados-membros da União, sem que se apresente a diferença de idades em cada um desses países, porque há desigualdades, apesar de o aumento de esperança de vida ser igual ou superior ao nosso.
Uma das coisas que causa estranheza é a repentina e sempre crescente esperança de vida, que sobe sem qualquer justificação científica, que a manter-se, mesmo com piores condições de assistência, nos garantiriam viver até aos 100 anos… E se assim fosse, e não haveria dinheiro para tanta gente, ir-se-ia aumentando a idade de reforma (já falam até aos 70) contranatura, a favor da “sustentabilidade” do sistema, mas não das pessoas, que arriscariam a ter direito apenas ao subsídio de funeral…
Para já, entre contradições de correligionários, vem o líder parlamentar do PSD garantir que não haverá mais cortes nos salários e nas pensões, embora não diga a quem, o que deixa todos na desconfiança, por falarem em paralelo em mais cortes na Função Pública, para beneficiar os que mais merecem… Hummmm!
Habituados que estamos à mentira adiada, o crédito desta(s) promessa(s) engrossa no malparado, que levou à falência toda a classe política…
É um monte negro!
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