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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Com “isto” bem podem limpar as mãos à parede!

A taxa de desemprego subiu em Portugal para os 16,9% no 4.º trimestre, face aos 15,8% observados no trimestre anterior, com o número de desempregados em Portugal a ultrapassar os 920.000, divulgou hoje o INE. Também a taxa de desemprego entre os jovens em Portugal continua a subir, chegando no 4.º trimestre aos 40% e afectando 165.000 pessoas entre os 15 e os 24 anos.
Entre Outubro e Dezembro, o INE contabilizou 923.200 desempregados, o que representa um acréscimo trimestral de 6% (mais 52.300 pessoas) e homólogo de 19,7% (mais 152.200 pessoas).
Os números observados no final do 4.º trimestre atingem níveis absolutamente históricos, num contexto de subidas da taxa de desemprego em Portugal desde 2008, altura em que se situava nos 7,3%, o equivalente a 409.900 desempregados.
Relativamente ao conjunto do ano, a taxa de desemprego média anual de 2012 fixou-se nos 15,7%, 0,2% acima das previsões revistas pelo Governo que apontavam para os 15,5% (a primeira estimativa inscrita no Orçamento do Estado para 2012 era de 13,4%), o que representa um acréscimo em 2,9% em relação ao ano anterior.
Ainda de acordo com os dados do INE, a população empregada em Dezembro era de 4.532.000 de pessoas, um decréscimo trimestral de 2,7% (menos 124.500 pessoas), e homóloga de 4,3% (menos 203.600 pessoas).
Bem podem todos os governantes, estrategas, promotores de programas de apoio, comentadores, militantes partidários, eleitores do executivo, teóricos, académicos, crentes e espertos fazerem os melhores discursos, apresentarem as justificações mais criativas, mas esta é a realidade, de que qualquer pessoa responsável devia ter vergonha e calar-se até melhores resultados.
E por que não pedir desculpa?
Entretanto, parece que há alternativas e uma solução barata, que transpõe para o presente, o que era ficção social há 40 anos.
Um O desemprego alemão subiu para os 7,4% em Janeiro, mas ainda está muito abaixo dos 26% registados em Espanha. Contudo, um grupo de 100 académicos e políticos alemães estão a pedir um horário de 30 horas semanais sem um corte nos salários, numa carta aberta publicada hoje num jornal alemão. Os peticionários argumentam que uma semana de trabalho mais curta é a melhor forma de lidar com o aumento da taxa de desemprego no país, contribuindo também para o aumento da produtividade dos trabalhadores.
O plano, que foi concebido por políticos de partidos de esquerda, filósofos e académicos, sugere que a semana de trabalho de 30 horas pode ser introduzida gradualmente ao longo de vários anos. Os peticionários também defendem que a redução do horário de trabalho iria melhorar significativamente a produtividade dos trabalhadores, o que iria, por seu turno, ajudar os empregadores a pagar os salários na íntegra.  
“Precisamos de um projecto da sociedade como um todo para reduzir o horário de trabalho. Isto já não pode ser apenas uma questão política de negociação colectiva”, defende na carta aberta o professor universitário de direito comercial Hein-Josef Bontrup.
O mesmo responsável adianta que os líderes dos sindicatos argumentaram que os trabalhadores tinham muitas dúvidas em relação à semana com menos horas de trabalho, por recearem que isso poderia motivar salários mais baixos e uma maior carga de trabalho. Mas Bontrup sustenta que esta perspectiva se trata de uma falha na compreensão da medida. 

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