O ministro das Finanças do novo governo japonês afirmou que os idosos doentes devem "morrer rapidamente" para aliviar o Estado do pagamento de cuidados médicos.
"Deus queira que (os idosos) não sejam forçados a viver até quando quiserem morrer" disse Taro Aso durante uma reunião, em Tóquio, sobre as reformas da segurança social.
O ministro está a ser alvo de fortes críticas por declarações como: "O problema não tem solução, a não ser que os deixemos morrer, e depressa".
O mesmo ministro chamou ainda "entubados" aos doentes que já não se conseguem alimentar pelas próprias mãos e acrescentou que "o ministro da Saúde está consciente das despesas de saúde por paciente".
Os comentários de Aso são motivo de ofensa no Japão, onde 1/4 da população, de cerca de 130.000.000 de habitantes, tem mais de 60 anos de idade.
O ministro das Finanças, neto de um primeiro-ministro do pós-guerra, já foi também chefe do Executivo e ministro dos Negócios Estrangeiros, e é conhecido pelas declarações polémicas: foi considerado particularmente insultuoso para com os doentes de Alzheimer e em 2001 afirmou que gostava que o "Japão fosse o país em que os judeus ricos gostassem de viver".
Um relatório divulgado em Tóquio indica que mais de 2.000.000 de japoneses dependem da segurança social.
Se se tiver em conta que o autor da sentença é um “jovem” de 73 anos, poderíamos concluir que está a falar em causa própria, embora se desconfie que o mesmo não precise da Segurança Social para sobreviver e a dúvida esbate-se, surgindo à clarividência um caráter doentio a precisar de tratamento, mesmo tendo em conta o desprezo do poder, a nível mundial, pela vida humana e pelo valor das pessoas…
Se acrescentarmos outras afirmações, em tempos feitas pelo mesmo, podemos passar da avaliação do caráter para a Ética, para a Política e para a Ideologia, que o coloca noutro tempo e noutro continente. É demais estranho que alguém que presenciou a História: a II Guerra Mundial em que foram humilhados, as experiências da bomba atómica que ajoelhou o seu país, o esforço dos seus concidadãos para recuperar uma nação, tenha impunidade para dizer aquilo que os partidos neonazis não dizem…
Temos que reconhecer que afinal temos a sorte grande de o nosso ministro das Finanças e da Saúde, serem mais comedidos do que este personagem e à beira dele poderem vir a ser candidatos à beatificação…
Só para registo e denúncia!
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