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segunda-feira, 7 de maio de 2012

A mentira tem a perna curta e a demagogia ainda mais!

"La derrota" de Pamela Contreras
Os resultados eleitorais na Grécia e em França apontam para uma derrota da estratégia seguida pela chanceler alemã, que também viu a sua coligação CDU-FDP perder nas eleições para o estado alemão de Schleswig-Hostein. A agência de informação Eurointelligence, classificou os resultados em França e na Alemanha como uma "insurreição" (pelo voto).
A chanceler alemã Ângela Merkel já convidou Hollande a deslocar-se a Berlim.
Em França, o candidato socialista às presidenciais François Hollande ganhou a Nicolas Sarkozy. Em termos europeus, Hollande apontou para a necessidade de uma "adenda" ao "pacto orçamental" virada ao crescimento.
Na Grécia, a perda de maioria dos partidos que sustentaram o segundo Memorando de Entendimento que implicou o segundo plano de resgate foi o facto mais significativo. O Parlamento em Atenas tem agora 7 partidos, em que as formações políticas explicitamente contra o Memorando somam 44% dos lugares. O cenário de "ingovernabilidade" e convocação de eleições antecipadas em junho tem surgido nos media gregos.
Na Alemanha, a coligação CDU-FDP (que suporta o governo federal da chanceler Merkel) conseguiu apenas 38,9% dos votos. Uma provável coligação entre o SPD (sociais-democratas), Verdes e o partido da minoria dinamarquesa dispõe de 48,4%.
Já se pode dizer que os arautos da “inevitabilidade”, nacionais e estrangeiros, governantes e palradores, não dormiram bem esta noite, depois da derrota da estratégia seguida por Merkozy (ou do ministro da Finanças alemão), que assentava no saque aos mais pobres para dar aos mais ricos e simultaneamente responsáveis por fraudes monumentais na estrutura financeira e económica, que geraram a “crise”, pela exigência de se pagar já o que foi endividamento durante mais de 20 anos.
Ouvir ontem nas TVs os urubus do sistema (colaboradores diretos das políticas do passado e beneficiários das circunstâncias do presente), entalados e muito “preocupados” com as dificuldades de cumprimento das promessas feitas por Hollande, até dava pena, pela volatilidade dos seus argumentos, que sempre foram demagógicos.
Parece que a chanceler alemã já convidou Hollande a deslocar-se a Berlim, parece que por tradição, o que pode parecer um beija mão à mesma “rainha” e um gesto de subalternização do Presidente de França a quem não é mais do que ele, mesmo que seja mais rica. Lógico e costumeiro, é que quem vence é que convida os amigos com quer repartir os sentimentos, solidariamente…
Para quem apontava os socialistas/social democratas pelos males do mundo atual e vaticinavam, alarvemente, a extinção de tais programas em favor de programas de partidos de direita (quanto mais à direita melhor), estas eleições deixaram-nos a falar sozinhos e aconselham-nos a terem mais cuidado nas análises sociológicas e políticas que fazem, que devem separar dos seus interesses pessoais, de grupo, ou de partido. Mas depressa dão a volta por cima e já ninguém defende apenas a austeridade e já começam a perceber que sem crescimento, só a continuação do caos é possível…
Entretanto na Grécia, caiu um partido “socialista” e os partidos que sustentaram o segundo Memorando de Entendimento foram penalizados por isso, o que significa a rejeição das políticas de austeridade, gerando-se uma situação de ingovernabilidade, o que leva à hipótese de novas eleições, numa brincadeira “democrática”, até à vitória de uma maioria de subservientes…
Curioso no caso da Grécia é não terem obrigado os partidos do arco do governo a assinarem o compromisso de cumprimento do Memorando, como fizeram connosco… Pourqoi? Why? Warum? Γιατί?
Para azar da Sra. Merkel, nem no seu país a querem, como acontece pela 6ª vez nas eleições regionais (só ganhou uma) o que lhe retira toda a autoridade que pensa que tem, a não ser que tal lhe venha dos DEO (Deus, em latim), como alguns servos a querem aureolar…
Ontem ninguém ganhou nada, mas perder ainda mais passou a parecer impossível e fica a esperança a germinar nas terras mais áridas desta Europa, onde há muitos trabalhadores sem trabalho por falta de alguns adubos biológicos, regados com muita solidariedade…
A bem da Nações!

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